CONTESTAR É A MARCA DA ADOLESCÊNCIA

 

“Contestar é a marca da adolescência, mas é preciso saber como as regras funcionam e parece que isso não está acontecendo”.

     O século XXI tem evidenciado muitas transformações. Os limites de idade que definem a adolescência já não são mais os mesmos; o que nos faz pensar que tempos atrás os padrões eram mais definidos e os papéis mais delineados, favorecendo desta forma o ritual da passagem.

     O que antes era marcado pelo amadurecimento biológico e finalizado por um ritual de iniciação como 1º beijo, 1ª viagem sem os pais, 1ª tatuagem, 1ª transa, o vestibular; hoje é vivido como um processo individual singular e de forma diversificada.

     O cenário atual é bem diferente, pois temos um jovem que se apresenta, embora “arrogante”, não tem êxito nos estudos e não se destaca em nenhuma atividade. A vida escolar torna-se sem valor, transa-se precocemente, beija-se 10 numa noite e não se namora “fica-se”.

      A gravidez nem sempre é indesejada, pelo contrário é uma saída e até uma alternativa para fugir do enfrentamento ao árduo caminho para a vida adulta.

     Os pais, por sua vez, estão diretamente envolvidos nessa travessia, mas parecem perdidos, já não se tem parâmetros e saltam de um pólo ao outro sem construir um caminho. Alguns são muito liberais e outros muito super protetores, o que na verdade acabam deixando os FILHOS desamparados e perdidos.

      Porém o que mais nos chama a atenção nos jovens de hoje é a IMPACIÊNCIA não se percorre caminhos para se chegar onde quer, não se espera, o imediatismo impera.

      Nas noites as baladas, bebidas, drogas, o último modelo de celular, o tênis mais caro, carro que ganhou roupas… Enfim tudo caminha para uma economia libídinal onde o imediato (gozo) é mais presente do que o saber esperar, saber caminhar, (o prazer).

      Sendo assim precisamos acordar e deixar de fazer de conta que não estamos vendo nada, pois cada um sabe exatamente o que precisa fazer, nossos filhos precisam aprender a “esperar”, a “conquistar” e nenhum filho é o que é por acaso.