Com o fácil acesso às mídias sociais, seja pelo computador ou pelo celular, a conexão entre o psicopata e a internet nunca foi tão próxima. Twitter, Facebook, Orkut e tantos outros sites de relacionamento conectam virtualmente até mesmo pessoas que não se conhecem, mas é exatamente neste ponto que mora o perigo, segundo o psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatra, Dr. Helio Laudar. “A internet favorece o engano em qualquer situação. É um mundo paralelo, distorcido da realidade, no qual o sujeito está livre para assumir qualquer identidade e escolher suas vítimas”, revela.
Em abril deste ano, o psicopata Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu a escola da qual era ex-aluno, no bairro de Realengo, Rio de Janeiro, e atirou contra alunos e professores, tornando-se o responsável pelo assassinato de 12 crianças. Após o trágico episódio, o jovem se suicidou. Na época do crime, a Justiça permitiu a quebra de sigilo eletrônico de Wellington, e foi provado que o atirador mantinha conversas em um programa de bate-papo, além de demonstrar obsessão por ataques terroristas e expor suas ideias em redes sociais. Este é mais um caso que serve de alerta quanto à relação dos psicopatas com a internet.
Os golpes amorosos são as principais práticas dos psicopatas na internet, já que podem ostentar um novo perfil sem que a pessoa do outro lado da tela saiba. Entre as razões para o crime estão a busca pelo dinheiro ou algum bem material. Na maioria dos casos, a vítima é uma pessoa carente e romântica, o que leva o psicopata a utilizar essa vulnerabilidade como forma de estratégia para obter o que deseja.
A ausência de culpa é uma das características do psicopata, comumente identificado como aquele que realiza seus golpes e nem ao menos considera os interesses alheios, agindo apenas em proveito próprio. Segundo o especialista, não existe comprovação científica da doença, mas acredita-se que a genética pode ser um agravante.
O diagnóstico é tardio, realizado apenas após os 18 anos, porém, alguns indícios ao longo da vida demonstram se o indivíduo apresenta propensão ao problema. Traços como agressividade, frieza, calculismo, falta de comprometimento e sedentarismo são alguns dos indícios observados entre os psicopatas. Geralmente, o transtorno de personalidade se inicia na infância e amadurece ao longo da vida.
O convívio familiar
O convívio familiar
Ainda que a psicopatia comece na vida infantil, a relação do sujeito com a família demanda atenção para toda a vida, considerando que no diagnóstico, o histórico familiar e escolar é avaliado e depoimentos de pessoas próximas auxiliam no processo de tratamento. “A confirmação da doença é minuciosa, pois exige vários passos para a ajuda profissional. Investigamos a relação da pessoa com a família, amigos, no ambiente escolar e profissional, além de buscar queixas policiais e envolvimentos em brigas”, revela o Dr. Helio.
Tão difícil quanto diagnosticar o quadro clínico, é o tratamento. Como cada pessoa apresenta um tipo de perfil, o acompanhamento é específico e realizado por uma equipe multidisciplinar formada, em suma, por psicólogos, terapeutas e psiquiatras. Nos casos mais graves, é necessária a internação em instituições especializadas com o objetivo de controlar a doença, visto que não tem cura.
Assim como no caso de Wellington, é possível examinar vestígios de postagens nas redes sociais que possam servir de alerta para possíveis ações criminosas. Entretanto, familiares e amigos podem, ao menos, tentar evitar que o plano se concretize. Observar o passo a passo do psicopata no mundo virtual é a principal maneira de perceber o que está errado com o sujeito e oferecer ajuda especializada.
Fonte: www.saudeempautaonline.com.br/
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