RELACIONAMENTOS AFETIVOS

 

Nos dias de hoje, se percebe um interesse e uma valorização muito grande pela beleza e forma do corpo físico em relação a outros valores também importantes.

No mito de Narciso, o mesmo tinha o hábito de admirar sua imagem refletida em um lago, até que um dia, muito encantado com a sua beleza, foi ao encontro de sua imagem e se afogou. Daí advém o termo “narcisismo”. Em muitos relacionamentos afetivos podemos observar essa dificuldade de poder enxergar além do plano físico e se relacionar com o outro e até consigo mesmo (pois Narciso lidava apenas com a sua imagem e não consigo).

Enxergar objetos, imagens e coisas concretas é mais fácil. Podemos observar que relacionamentos mais profundos e estáveis vão além do sensorial, da beleza, do físico… porém,  para tanto é necessário que as duas pessoas, além de se relacionarem um com o outro,  tenham predisposição para se relacionar com o seu próprio mundo interno, ou seja, seus medos, conflitos, angústias e desejos.

Conhecer-se profundamente muitas vezes significa entrar em contato com suas imperfeições e, mais importante que conhecê-las, é ser capaz de tolerá-las. Muitas vezes, uma pessoa tem a ilusão de estar se relacionando com o outro, mas na verdade, está apenas vendo a sua imagem refletida ou ainda meras fantasias… São aqueles relacionamentos em que o parceiro é idolatrado, supervalorizado e perdê-lo significa perder-se.

Concluindo… um relacionamento saudável só é possível quando cada um cultiva profundo respeito por si mesmo e pode enxergar  e escolher conviver com o outro como ele é.