segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quando ex e filhos se tornam uma barreira...

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Costumo brincar dizendo que quem começa uma relação com alguém que já tem filhos e, portanto, um ex-relacionamento também, está como que “comprando um kinder ovo”, ou seja, vem o chocolate e, de brinde, um brinquedo-surpresa para montar. 

Essa metáfora pode nos remeter a várias reflexões. A melhor parte, sem dúvida, é que o chocolate é garantido: gostoso e que vai nos render prazer e satisfação. Quanto ao brinquedo, considerando que é uma surpresa, poderá ser das melhores ou não tão boa assim. De todo modo, o chocolate terá de fazer valer o investimento. O resto, digamos assim, será lucro. 

Todos nós sabemos que existem pessoas sensatas e insensatas, do bem e nem tão do bem, que querem apenas viver e deixar os outros viverem e aquelas que se comportam como quem tudo o que quer é atrapalhar a vida do outro, sem se dar conta de que está, sobretudo, atrapalhando a sua própria. 

Sendo assim, se ex e filhos compuserem um pacote do bem, não haverá problemas. Pelo contrário, sua relação pode se transformar numa experiência familiar gratificante e enriquecedora. Entretanto, se compuserem um pacote-tormento, do tipo estorvo, daqueles que transformam sua relação num verdadeiro desastre, então será hora de muita conversa, avaliação da situação, decisões em conjunto e postura firme. 

Uma coisa é fato: filhos são para sempre e precisam ser cuidados, educados, amados! E quanto mais eles crescem, menos a intermediação do outro (seja pai ou mãe) será necessária. De todo modo, quanto e como o outro interfere na vida de seu par atualmente também tem muito a ver com a forma como que ele se posiciona e impõe limites claros, razoáveis e justos. Afinal, as leis existem justamente para balizar essas relações e evitar abusos das partes. 

Considerado isto, fica a importante questão: você está realmente pronto para viver uma relação com alguém que tem filhos e histórias passadas significativas? Está preparada para ser a “tia”, a “madrasta”, ou preparado para ser o “tio”, o “padrasto”? É essencial se questionar sobre isso, até para avaliar sua resistência aos problemas que podem surgir decorrentes deste cenário preexistente. 

Se a situação for de fato constrangedora, onde ex e filhos terminam invadindo e atrapalhando a privacidade de sua relação, vocês certamente precisarão chegar a um acordo de que postura adotar, qual discurso sustentar diante de todos, incluindo familiares, amigos, ex e filhos, e quais novas medidas tomar. Limite é fundamental! E não tem outra fórmula: o segredo é o limite claro e justo e, embora seja simples, muitas vezes não é nada fácil saber quando estamos sendo claros e justos de verdade. 

Por fim, viver, ser pai, mãe, esposa, marido, ex, atual ou desempenhar qualquer outro papel numa relação é sempre um exercício que deve incluir paciência, persistência, saber ouvir, ceder, colocar-se e ter as melhores das intenções. E, ainda assim, no final das contas, é preciso lembrar que erros e acertos farão parte de uma contabilidade onde o que mais importa é o que se sente. E se é amor, vale a pena tentar mais uma vez! 

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