segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vaginismo - Causa e Tratamento

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O Vaginismo é um mal que afeta mulheres de todas as idades, a falta de conhecimento sobre essa disfunção dificulta o diagnóstico e prolonga o sofrimento dessas mulheres nas relações interpessoais. A vivência da sexualidade passa de prazerosa para traumática, gerando cada vez mais o aumento do medo e da ansiedade em relação àpenetração vaginal.
Muitas vezes o vaginismo é confundido com a frigidez ou a anorgasmia, no primeiro caso a mulher tem dificuldades diretas para se sentir excitada sexualmente, no segundo a dificuldade ocorre em relação ao orgasmo. O vaginismo pode ocorrer juntamente com essas outras disfunções ou não, é possível que a mulher sinta desejo, prazer, excitação e chegue até mesmo ao orgasmo,mesmo com essa condição.

O que é?
Vaginismo é uma disfunção sexual feminina caracterizada por contrações involuntárias da musculatura do assoalho pélvico (períneo) diante da tentativa de penetração vaginal. Essas contrações musculares causam desconforto e dor para a mulher.O fechamento da musculatura pode variar de leve a intenso,chegando ao extremo de impedir completamente a penetração vaginal.
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Caracterização e sintomas
São chamados de vaginismo primário, os casos em que os sintomas aparecem de maneira repentina sem uma causa determinada, comumente na primeira relação sexual ou consulta ginecológica. É necessário que o médico realize os exames de rotina para averiguar qualquer causa fisiológica, como infecção vaginal, endometriose, disfunções hormonais, entre outros casos que podem não ser diretamente causadores do vaginismo, mas atuam como agravantes.
Chama-se de vaginismo secundário, quando os sintomas aparecem depois de um trauma psicológico, físico ou mesmo diante de reações de medo e ansiedade por tentativas de relações sexuais mal sucedidas.  Nesses casos a dor começa a ocorrer devido a uma condição física ou psicológica, como uma infecção urinária ou abuso sexual, e estabelece um ciclo crônico. A mulher sente a dor e o desconforto uma vez, na próxima vez tem a ansiedade aumentada por medo da dor e assim acaba por aumentar as chances de sentir dor novamente, desenvolvendo um ciclo de dor muito difícil de ser quebrado.
Em ambos os casos, os principais sintomas são os mesmos:
  • Ardência ou latejamento com estreitamento da abertura da vagina durante o ato sexual;
  • Penetração difícil ou impossível, dor diante da entrada do pênis, inserção desconfortável do pênis;
  • Dor frequente e de origem desconhecida durante o ato sexual, sem causa aparente;
  • Dificuldade em inserir absorventes internos ou durante um exame pélvico/ginecológico que utilize espéculo;
  • Espasmos em outros grupos musculares do corpo (pernas, parte inferior das costas etc.) e/ou respiração “presa” durante tentativas de intercurso sexual;
  • Aversão ao sexo devido à dor e/ou fracasso.

Vaginismo
Vaginismo
Tratamento
O primeiro passo do tratamento é o diagnóstico correto do vaginismo, um diagnóstico bem-sucedido do vaginismo é determinado através da história da paciente e descrição do problema, exame ginecológico e verificação de exames para eliminação de outros problemas de saúde. Assim, o profissional deverá solicitar exames de rotina para avaliar a saúde global da mulher e ainda considerar acima de tudo o relato da paciente, já que em alguns casos a mulher pode apresentar a contração da musculatura apenas durante a relação sexual.
Após determinar se o vaginismo ocorre por fatores psicológicos ou fatores combinados, o médico poderá direcionar o tratamento. Caso haja outros problemas de saúde, eles devem ser tratados antes de qualquer intervenção em relação ao vaginismo, isso facilitará o processo.
O tratamento para o vaginismo é simples e não envolve nenhuma intervenção cirúrgica ou medicamentosa. As abordagens mais comuns indicam exercícios para a mulher aprender a controlar melhor a musculatura do períneo, tentando assim evitar o desconforto. Através desses exercícios, a mulher começa a realizar inserções gradativas de dilatadores vaginais que irão ajudá-las no relaxamento da musculatura do períneo mais facilmente.
vaginismo 5   vaginismo 8
Hoje, estudos indicam também que uma abordagem mais ampla traz resultados mais satisfatórios, pois evitam que a mulher tenha mais vivências dolorosas em relação à sexualidade, quebrando com o ciclo crônico de dor. Indica-se que a mulher considere rever seu histórico sexual, reavaliando os momentos traumáticos. Após, inicia-se um trabalho educativo de conscientização da mulher em relação ao próprio corpo, para que então ela inicie os exercícios de inserção gradativa de dilatadores vaginais com lubrificantes íntimo.
Lubrificante íntimo
Lubrificante íntimo
É importante ressaltar que o acompanhamento psiquiátrico e/ou psicológico pode ser imprescindível para o sucesso do tratamento, principalmente para os casos em que o vaginismo decorreu de um trauma. O apoio do parceiro sexual também é apontado como um fator diferencial para o tratamento bem sucedido.
vaginismo 11
Muitos mitos sobre essa disfunção ainda permanecem em nossa sociedade, principalmente a ideia de que se a mulher desejar o parceiro, ela não sofrerá de vaginismo. Por isso, destacamos que as contrações são involuntárias e só após diagnóstico e tratamento, a mulher poderá controlar melhor essa musculatura. Sem o devido acompanhamento esse processo dificilmente acontecerá.
by Silvana Guarnieri, pesquisadora da área da saúde - guarnieri.sil@gmail.com.


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