De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste. Segundo o Data/SUS, há cerca de mil amputações por ano do órgão. A doença está relacionada às baixas condições socioeconômicas e de informação, à má higiene íntima e a homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis). O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição ao câncer peniano, assim como a infecção pelo vírus HPV.
"O câncer de pênis é um dos poucos que se é possível prevenir. Basta lavar o pênis com água e sabão, puxando o prepúcio – a pele que encobre a glande – principalmente após relações sexuais ou masturbação, usar preservativo nas relações sexuais e fazer a cirurgia em caso de fimose ou exuberância de prepúcio na puberdade", afirma o presidente da SBU, Aguinaldo Nardi.
Fatores de risco
- Fimose – pele que impede a exposição da glande (cabeça do pênis);
- Acúmulo de esmegma (secreção branca resultante da descamação celular);
- Higiene local precária;
- Falta de informação sobre a doença;
- Má situação socioeconômica e educacional das pessoas, em geral moradoras de regiões mais carentes, como o Norte e Nordeste.
Sintomas
O autoexame do pênis é fundamental para detectar as características apresentadas abaixo:
- Perda de pigmentação ou manchas esbranquiçadas;
- Feridas e caroços no pênis que não desapareceram após tratamento médico e apresentem secreções e mau cheiro;
- Tumoração no pênis e/ou na virilha (íngua);
- Inflamações de longo período com vermelhidão e coceira, principalmente nos portadores de fimose.
Ao observar qualquer um desses sinais, é necessário procurar um médico imediatamente.
Diagnóstico
O paciente apresenta inicialmente lesão vegetante ou úlcero-vegetante, que acomete inicialmente a glande (80%), prepúcio (15%) ou sulco coronal (5%). Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura. No entanto, de acordo com o INCA, mais da metade dos pacientes demoram até um ano após as primeiras lesões aparecem para procurar o médico.
Tratamento
O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha). Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem ser oferecidas. A cirurgia é o tratamento mais frequentemente realizado para controle local da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o crescimento desse tipo de câncer e a posterior amputação do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem.
Recomendações
- Lavar o pênis diariamente com água e sabão, principalmente após relações sexuais ou masturbação.
- Ensinar ao menino, desde cedo, como fazer a higiene do pênis. É preciso puxar a pele e limpar.
- Realizar autoexame mensalmente. Puxe a pele e verifique se há alguma lesão na região.
- Usar preservativo nas relações sexuais.
- Ao notar qualquer alteração no pênis, visite o urologista.
Adorei a postagem.Bastante interessante
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