quinta-feira, 5 de junho de 2014

Desilusão amorosa

/ /

Se por desilusão amorosa entendermos o término de um relacionamento, podemos pensar que não ajudará a superar, porém poderá ajudar a “sair um pouco”, a “não pensar” na situação que está causando sofrimento – como se fosse uma compensação, uma   substituição de algo que está nos faltando naquele momento. Todo relacionamento amoroso vai sendo construído   aos poucos,   baseado em troca mútua, em promessas, em momentos de carinho e cumplicidade – é o que se pode chamar de reforçamento – o casal vai constantemente reforçando o comportamento do outro e, ao mesmo tempo sendo reforçado por ele – a consequência é o bem-estar que sentem quando estão juntos. No momento em que um dos dois interrompe esses reforçamentos, o outro não sabe bem como agir, fica confuso e sem parâmetros do que está acontecendo com a   relação, e, sem o outro não poderá ir muito longe. Então aí acontece o rompimento, a separação, e também uma grande desilusão em relação ao outro, que até o momento havia sido tão presente e tão disposto. Algumas pessoas nesse momento podem   “mergulhar” em outros comportamentos – como o de trabalhar em excesso – pois aí nesse momento, talvez, o fruto de seu trabalho (as consequências ) digamos, é o que passa a ser reforçador e interessante – nada além disso, e quanto mais a pessoa vai produzindo, mais vai se sentindo recompensada. Ela começa então a emitir outro comportamento , o de trabalhar   por exemplo, com   a mesma função – o prazer e a satisfação pessoal.
Provavelmente esse comportamento de buscar recompensas/reforçadores em algo outro que não seja mais a relação amorosa, e sim o trabalho, se aplique a muitas pessoas, e talvez seja funcional por um determinado período de tempo. Podemos pensar que a “propensão” de cada pessoa dependa também do quanto ela investia na relação que terminou, do quanto ela reforçava e era reforçada pelo parceiro, bem como o quanto o ambiente no qual ela está inserida irá proporcionar essa possibilidade, ou seja, isso dependerá também do quanto a pessoa gosta do seu trabalho e do quanto se sente valorizada, recompensada por ele.

Trabalhar também  poderia ser somente uma forma de fugir do problema
Poderia ser uma forma de tentar manter a mesma sensação de prazer, de bem-estar que tinha quando estava ainda vivendo a relação amorosa – uma manutenção daquele reforçamento com a qual estava habituada, bem como evitar o desconforto que a privação desses reforços pode causar. Provavelmente não se trate de uma fuga, mas sim de uma forma de esquivar-se dos sentimentos aversivos que a ausência de reforçamento do parceiro esteja lhe causando.

Procurar “viver” essas situações e aprender com elas

Esse comportamento de entregar-se demasiadamente ao trabalho não deixa de ser uma maneira de não confrontar-se com a situação, evitando-a.
De qualquer maneira o indivíduo acaba vivendo a situação “fugindo ou não”.O homem age no mundo modificando-o, e ao mesmo tempo é modificado pelas consequências de seu comportamento. Esse trabalho em excesso trará consequências reforçadoras para a pessoa, porém há que se pensar no que aconteceu, ou no que foi acontecendo durante a relação que gerou essa mudança de comportamentos levando ao término da relação e à desilusão amorosa. Sem buscar compreender esses fatos ficará difícil superar o desapontamento e normalizar a vida cotidiana, podendo então buscar reforçadores outros que não seja somente o trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As respostas no Blog não tem custo algum, mas devido a quantidade de perguntas você tem que esperar na fila em torno de 5 a 10 dias

Precisa de uma resposta urgente, marque uma consulta particular no

email dicasderelacionamento@hotmail.com

Se algum texto publicado por aqui for de sua autoria, nos envie o link para que possamos dar os créditos. Se não autoriza a publicação de seu texto por aqui nos comunique que retiramos.

A edição desse Blog se reserva ao direito de deletar, sem aviso ou consulta prévia, comentários com conteúdo ofensivo, palavras de baixo calão, spams ou, ainda, que não sejam relacionados ao tema proposto pelo post do blog ou notícia.

Volte sempre: Déia Fargnoli

Postagens relacionadas

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Siga meu Facebook