sexta-feira, 6 de junho de 2014

Rejeição amorosa causa dores físicas no ser humano

/ /
Um novo estudo baseado em atividades cerebrais revela que a rejeição amorosa pode causar  dores físicas no ser humano. Segundo a pesquisa, realizada por uma equipe de especialistas da Universidade de Columbia, da Universidade de Michigan e da Universidade do Colorado, todas instituições americanas, o coração partido ativa no cérebro a mesma região responsável pela sensação desconfortável de uma queda, por exemplo. Experiências anteriores já sugeriam a conexão, no entanto exames de ressonância magnética provaram que o final de um relacionamento pode provocar reações físicas de dor.
Edward Smith, co-autor do estudo, e sua equipe, composta por peritos em neurociência, recrutaram 40 participantes por meio do Facebook e Craigslist para realizar testes de laboratório. A condição imposta pelos cientistas era a de que os voluntários tivessem passado por alguma situação de rejeição amorosa nos últimos seis meses.
Em seguida, os especialistas pediram às pessoas que olhassem fotografias de seus ex-companheiros e lembrassem do fim do relacionamento. Enquanto analisavam as imagens, a equipe escaneava o cérebro dos voluntários a fim de identificar qual área era ativada durante a experiência.
De acordo com os cientistas, a lembrança ativou uma área do cérebro que controla a dor física. Para se certificar de que o mesmo não ocorre em outras situações, os especialistas analisaram outros estudos realizados com 150 pessoas. Dessa vez, no entanto, o cérebro foi escaneado diante de emoções negativas, como medo, ansiedade, raiva e tristeza. Em nenhuma situação, garante a equipe, a área da dor física foi ativada.
A conclusão do estudo foi publicada no periódico internacional Proceedings of the National Academy of Sciences.
- O que já se sabia sobre o assunto
Guilherme Cunha, neurocientista da Universidade Federal de Minas Gerais (Foto: Arquivo pessoal)
A pesquisa americana reforça uma discussão pertinente e bastante debatida na comunidade científica. Para Guilherme Cunha, médico e mestre em neurociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o termo coração partido é popularmente usado para denotar o que os neurocientistas chamam de dor social.
Essa dor ativa uma determinada área do cérebro, diferente da área acionada quando a dor é física.  “No estudo em questão, o que os cientistas descobriram é que parece existir uma intrigante ativação de áreas responsáveis pela dor física em situações de rejeição amorosa”, explica Cunha.
Esse mecanismo, que permite a interpretação de uma dor social intensa como uma dor física, é extremamente importante e pode ser traduzido como forma de proteção e preservação da espécie, principalmente entre mamíferos. A rejeição de um parceiro pode assim representar uma ameaça à manutenção de um núcleo responsável por preservar e perpetuar a espécie na natureza. A rejeição a esse sentimento seria também um sinal de ameaça.
Especialista: Guilherme Cunha, médico e mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Envolvimento com o assunto: É especialista em neurociência.
- Conclusão
Só agora a ciência consegue provar algo que a literatura registra desde sempre: ter o coração partido é muito, muito doloroso. William Shakespeare, em sua peça mais popular, Romeu e Julieta, já dizia: “Eis aí o amor que eu sinto e que me causa apenas dor”. Portanto, não é novidade para o homem a tal dor do amor. O que os cientistas fazem agora é provar, a partir de imagens, o que há séculos assistimos no cinema, lemos nos livros, escutamos na música, contemplamos na pintura e … sentimos no coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As respostas no Blog não tem custo algum, mas devido a quantidade de perguntas você tem que esperar na fila em torno de 5 a 10 dias

Precisa de uma resposta urgente, marque uma consulta particular no

email dicasderelacionamento@hotmail.com

Se algum texto publicado por aqui for de sua autoria, nos envie o link para que possamos dar os créditos. Se não autoriza a publicação de seu texto por aqui nos comunique que retiramos.

A edição desse Blog se reserva ao direito de deletar, sem aviso ou consulta prévia, comentários com conteúdo ofensivo, palavras de baixo calão, spams ou, ainda, que não sejam relacionados ao tema proposto pelo post do blog ou notícia.

Volte sempre: Déia Fargnoli

Postagens relacionadas

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Siga meu Facebook