A maioria de nós já caiu numa armadilha aparentemente banal, mas que é, na verdade, bastante perigosa: a de acreditar que o outro sabe quem somos sem que tenhamos de nos mostrar a ele...
Em decorrência desta crença, muitas pessoas têm vivido experiências frustrantes e amargado sentimentos de tristeza e decepção sem ao menos compreender o que é que fizeram de errado.
O problema é que temos nos perdido entre pensamentos e emoções, fantasias e realidade, especialmente quando o tema é relacionamento, romance e o desejo genuíno de sermos aceitos e queridos pelo outro.
Achamos – equivocadamente – que o outro deve perceber, de alguma forma, o que queremos com ele, o que esperamos da relação ou de uma situação específica. Por algum motivo que ainda não sei exatamente qual é, simplesmente acreditamos que não precisamos nos mostrar para a pessoa por quem estamos interessados como nos mostramos para um amigo íntimo, por exemplo.
Não estou dizendo que o outro tem de saber absolutamente tudo o que pensamos e sentimos, mas precisa sim – com toda a certeza – enxergar aquilo que desejamos que ele reconheça em nós. E só existe um modo de fazer isso acontecer: mostrando-nos, falando, deixando claro, seja através de atitudes, comportamentos sutis ou palavras.
Acontece que vivemos na era das ‘formas prontas’. Além das medidas físicas, das roupas, dos cabelos preestabelecidos, e além da busca insana por botox, silicone, academia, dietas, entre outros exageros cometidos sem o mínimo de consciência real, resolvemos apostar que precisamos nos comportar como o parceiro ideal, aparentemente perfeito. E tentamos, a todo custo, nos moldar a este formato inventado sabe-se lá por quem...
Outro dia, numa mesa de bar com uns amigos, falávamos sobre casar, namorar, ter filhos, ficar, beijar entre outros atos que demonstram vontade de estar com alguém. E a impressão que me deu, ao voltar para casa, é que quase ninguém se assume. Quer tudo isso, mas por alguma razão estúpida e incoerente, resolveu acreditar que o bonito é não querer, é não demonstrar suas verdadeiras intenções, como se a relação fosse um jogo de enigmas a serem desvendados.
Aos amigos, ainda se atrevem a revelar seus sentimentos e desejos, mas basta que alguém se aproxime para que rapidamente vistam a fantasia de desencanados, livres e independentes. Só faltam dizer com todas as letras: estou muito bem sozinho, obrigado!
E daí, é só observar: quanto mais a pessoa tenta esconder o que quer, mais seus desejos escapam sem que ela perceba. Assim, embora sustentem com relativa facilidade o estilo ‘tô nem aí pra você’, dois dias depois estão ligando sem parar, cobrando a presença do outro, fazendo de tudo para que os encontros continuem e... lá se foi toda a pose, dando lugar a uma atitude pedante, autônoma, sem a menor noção de que tudo isso está apenas deixando claro o quanto não precisamos fazer tanta força para parecermos algo que não somos, para corresponder a uma imagem que, em última instância, não existe, não é condizente com o coração humano.
Portanto, se você quer que o outro saiba que você sente vontade de se casar, de ter uma família, de viver um romance, de ter filhos, de se relacionar comprometidamente ou – por outro lado – que você não sente vontade de nada disso neste momento, mostre, fale, deixe claro! Obviamente vai correr o risco de vê-lo ir embora, mas ao menos terá sido coerente com o que verdadeiramente quer.
É muito mais fácil e honesto admitirmos que temos medo de não agradar, de assustar o outro ou de parecer cafonas ou antiquados, mas chega de agirmos de forma subterfugia, parcial, mascarada. Chega de agirmos arbitrariamente, imprimindo no outro impressões falsas sobre nós, que não correspondem com o que realmente carregamos em nosso coração.
No final das contas, é justamente essa mistura entre a imprecisão e a espontaneidade, a cautela e a vontade, o desejo e o medo do desconhecido que torna o amor uma alquimia imperdível. Com um pouco mais de ousadia e coragem, experimente mostrar quem você é... e quem sabe você surpreenda mais do que imaginava ser capaz?!
Em decorrência desta crença, muitas pessoas têm vivido experiências frustrantes e amargado sentimentos de tristeza e decepção sem ao menos compreender o que é que fizeram de errado.
O problema é que temos nos perdido entre pensamentos e emoções, fantasias e realidade, especialmente quando o tema é relacionamento, romance e o desejo genuíno de sermos aceitos e queridos pelo outro.
Achamos – equivocadamente – que o outro deve perceber, de alguma forma, o que queremos com ele, o que esperamos da relação ou de uma situação específica. Por algum motivo que ainda não sei exatamente qual é, simplesmente acreditamos que não precisamos nos mostrar para a pessoa por quem estamos interessados como nos mostramos para um amigo íntimo, por exemplo.
Não estou dizendo que o outro tem de saber absolutamente tudo o que pensamos e sentimos, mas precisa sim – com toda a certeza – enxergar aquilo que desejamos que ele reconheça em nós. E só existe um modo de fazer isso acontecer: mostrando-nos, falando, deixando claro, seja através de atitudes, comportamentos sutis ou palavras.
Acontece que vivemos na era das ‘formas prontas’. Além das medidas físicas, das roupas, dos cabelos preestabelecidos, e além da busca insana por botox, silicone, academia, dietas, entre outros exageros cometidos sem o mínimo de consciência real, resolvemos apostar que precisamos nos comportar como o parceiro ideal, aparentemente perfeito. E tentamos, a todo custo, nos moldar a este formato inventado sabe-se lá por quem...
Outro dia, numa mesa de bar com uns amigos, falávamos sobre casar, namorar, ter filhos, ficar, beijar entre outros atos que demonstram vontade de estar com alguém. E a impressão que me deu, ao voltar para casa, é que quase ninguém se assume. Quer tudo isso, mas por alguma razão estúpida e incoerente, resolveu acreditar que o bonito é não querer, é não demonstrar suas verdadeiras intenções, como se a relação fosse um jogo de enigmas a serem desvendados.
Aos amigos, ainda se atrevem a revelar seus sentimentos e desejos, mas basta que alguém se aproxime para que rapidamente vistam a fantasia de desencanados, livres e independentes. Só faltam dizer com todas as letras: estou muito bem sozinho, obrigado!
E daí, é só observar: quanto mais a pessoa tenta esconder o que quer, mais seus desejos escapam sem que ela perceba. Assim, embora sustentem com relativa facilidade o estilo ‘tô nem aí pra você’, dois dias depois estão ligando sem parar, cobrando a presença do outro, fazendo de tudo para que os encontros continuem e... lá se foi toda a pose, dando lugar a uma atitude pedante, autônoma, sem a menor noção de que tudo isso está apenas deixando claro o quanto não precisamos fazer tanta força para parecermos algo que não somos, para corresponder a uma imagem que, em última instância, não existe, não é condizente com o coração humano.
Portanto, se você quer que o outro saiba que você sente vontade de se casar, de ter uma família, de viver um romance, de ter filhos, de se relacionar comprometidamente ou – por outro lado – que você não sente vontade de nada disso neste momento, mostre, fale, deixe claro! Obviamente vai correr o risco de vê-lo ir embora, mas ao menos terá sido coerente com o que verdadeiramente quer.
É muito mais fácil e honesto admitirmos que temos medo de não agradar, de assustar o outro ou de parecer cafonas ou antiquados, mas chega de agirmos de forma subterfugia, parcial, mascarada. Chega de agirmos arbitrariamente, imprimindo no outro impressões falsas sobre nós, que não correspondem com o que realmente carregamos em nosso coração.
No final das contas, é justamente essa mistura entre a imprecisão e a espontaneidade, a cautela e a vontade, o desejo e o medo do desconhecido que torna o amor uma alquimia imperdível. Com um pouco mais de ousadia e coragem, experimente mostrar quem você é... e quem sabe você surpreenda mais do que imaginava ser capaz?!
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