quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Seja feliz com suas medidas, mesmo que não sejam perfeitas...

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Valores, conceitos, idéias e comportamentos mudam, levando a transformações culturais que regem a forma de pensar e ser de uma sociedade. Como efeito dos tempos atuais vimos mais e mais sujeitos perderem a capacidade de pensar, refletir e escolher de acordo com seus próprios ideais. Uma sociedade onde a tecnologia parece ser o ideal perfeito de eu, o modelo a ser imitado onde tudo parece ser padronizado em grande escala. 

Como se vestir, aonde ir, como se portar, o que pensar, que corpo habitar. O que antes, ainda que se misturasse com tendências culturais, permanecia um meio de comunicação pessoal, ou seja, a vida que se levava comunicava o jeito de cada um. Atualmente, os seres humanos parecem sair de fábricas. Produzidos com pequenas variações deixam-se perder dia a dia em ideais inalcançáveis e lutam por um espaço em uma estrada já lotada. 

A perfeição tornou-se a roupa da moda, o visual da moda, o estudo da moda e por fim o corpo da moda. Querer absorver tendências não é o problema, o problema surge quando ela não se mistura ao particular e único de cada um, segue exclusiva e unânime para tornar-se no fim o "desejo esse objeto porque todos também o desejam", sem qualquer questionamento ou reflexão. 

O corpo entrou por esse equivocado caminho, virando também um ideal, fechando portas para as características pessoais e deixando de fora qualquer um que seja diferente, tornando infeliz aquele que não alcança o que parece ser o desejo geral. 

Em academias estão homens e mulheres, de todas as idades, voltados para um único e mesmo objetivo, um corpo plastificado, falso, padronizado e o mais triste, sem vida. Sem vida porque se tornam idênticos, como uma fila dos mesmos bonecos na prateleira de uma vitrine. Ao invés de ser um reflexo da vida que cada um tem e leva, o corpo transformou-se em um produto para ser visto, a intimidade de cada um caiu em domínio público. 

Os pouco que optam por não seguir a mesma linha sentem remar contra a maré, caminham no contra fluxo. Hoje, uma mulher normal, com suas curvas e características normais, por mais segura que seja, sente-se pressionada a entrar na dança. As mais saudáveis resistem por no fundo saberem que é muito melhor a liberdade de ser como se é do que duelar contra um corpo artificial e produzido. Os homens confundem músculos com vigor e definem por horas cada parte de seus corpos enquanto esquecem de definir metas de vida mais saudáveis física e psiquicamente. 

Como em tudo na vida, não podemos generalizar, e sim existem sujeitos que sabem cuidar muito bem de seus corpos assim como de suas mentes. Não sendo, entretanto, regra entre a grande massa. Habitualmente o que percebemos são pessoas inseguras e insatisfeitas, esforçando-se para serem belos, desejados e aceitos e usam seus corpos como meio de alcance. 

Os padrões atuais mais do que injustos com aquele que deseja apenas levar uma vida normal, são absolutamente irreais. Roubam a liberdade e com ela a beleza particular de cada um. Transforma para algo quase irreconhecível a casa que habitamos, nosso corpo, nos levando a esquecer o que nos faz diferente daqueles que estão ao nosso lado e nos distanciando da certeza que somos suficientes e que bastamos no que temos e no que somos.


www.parperfeito.com.br

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