sexta-feira, 29 de junho de 2012

Descobri que sou amante, e agora?

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Você conheceu alguém e se encantou... vai tudo muito bem, muita sintonia, declarações, romantismo, paixão e você se sente cada vez mais realizada, entregue, certa de que encontrou, finalmente, uma pessoa com quem vale a pena ficar! 

Porém, contudo, no entanto... quando menos espera, bate a cara contra um muro! Pelo menos é esta a sensação que tem ao descobrir que essa tal maravilhosa pessoa, que vive dizendo que te ama, já tem outra relação. Sim, você é “o estepe”! 

Como avaliar a situação considerando que a relação tem sido realmente especial e intensa? Qual é a verdade? Por um lado, tudo leva a crer que, de fato, o outro também está envolvido, interessado e apaixonado. Mas, então, por que não fica com você, e só com você? 

Resumindo: se você está vivendo um cenário como esse e não se incomoda, então está tudo certo. Não se fala mais nisso! Porém, se não está tudo bem, é provável que tenha de se preparar para uma montanha-russa de pensamentos, sentimentos e decisões. Poucas são as pessoas com determinação e convicção suficientes para abrir mão de tudo o que poderia vir a ser e focar somente no que está sendo agora. Isto é, alguém não está convicto do que quer. E este alguém não é você! 

E agora? O que fazer? Aceitar e continuar tudo como está? Desistir e abrir mão da chance de ser feliz? Exigir que o outro faça uma escolha, mesmo correndo o risco de ser a pessoa rejeitada? Será mesmo que existe o tal poliamor? Qual é o preço que você está disposto a pagar para ficar com essa pessoa, lembrando que isso pode (e provavelmente vai) significar dor, tristeza, baixa autoestima, ciúme, insegurança, desconfiança e profundos conflitos internos? 

Realmente, não é fácil se descobrir parte de um triângulo amoroso, especialmente quando você entrou nele sem saber. Muitos outros sentimentos vêm à tona, tais como competição, ego, disputa, comparações, orgulho ferido, raiva, estranhamente mais paixão, medo da perda, e a atormentadora impressão de que esta é, sim, a última “bolacha do pacote”, e que você precisa fazer de tudo para ser a preferida dela, a escolhida, a que merece mais que a outra! 

Vamos aos fatos! Você sabe o que quer, não sabe? Quer ficar com esta pessoa, não quer? Já fez sua escolha. Sente-se maduro o bastante para assumir um compromisso, ser verdadeiro e fiel, não é? Portanto, quem não sabe o que quer, não consegue escolher e não está pronto para viver um amor por inteiro é a outra pessoa, certo? 

Sendo assim, a reflexão é: quanto você acredita que merece da vida e do amor? Ser “estepe” é o bastante? Por que você se deixaria desgastar tanto por alguém que não tem certeza se quer mesmo ficar com você? E se ele diz que te ama tanto ou mais do que ama a outra pessoa, por que ela também não pode saber que você existe? Seria mais justo com todos, não seria? 

Atualmente, na novela das nove da Rede Globo, o personagem Cadinho, vivido pelo ator Alexandre Borges, tem exatamente esse comportamento – o de manter duas mulheres e ainda tentar a terceira. Penso que seria injusto julgar os sentimentos de alguém como ele. Não se trata de afirmar que ele ama ou não ama essas mulheres. Pode até ser que ame mesmo! Mas a questão não é essa! A pergunta que não quer calar é: por que, então, ele não abre o jogo com todas? Por que mente para elas, subjugando-as, enganando-as, roubando-lhes o direito de escolher se querem viver com um homem como ele? 

Enfim, a vida é feita de escolhas! Sempre! Em todas as áreas, inclusive a amorosa! Isso é maturidade! Quem não sabe fazer escolhas é porque não cresceu, emocionalmente falando! Eu, particularmente, só acredito em poliamor se todos os envolvidos estiverem cientes, felizes e satisfeitos – o que nunca vi. Nunca! 

Estou cada dia mais certa de que compartilhar a vida com alguém, dedicar-lhe amor e sinceridade e investir em confiança e aprendizado mútuo é o maior de todos os desafios pelos quais nós, homens e mulheres, passaremos ao longo de toda a vida! Por isso, que haja dignidade e integridade neste exercício. E, sobretudo, que saibamos fazer valer a pena, seja qual for a decisão tomada!

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