quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Sobre Esquizofrenia Paranóide – Pensamentos delirantes

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A esquizofrenia paranóide é o tipo mais homogêneo de esquizofrenia e o menos variável em comparação com outras esquizofrenias.
Caracteriza-se principalmente por estados de delírios primários que compreende uma percepção repentina de uma persecutoriedade única e especial, característica em uma situação.
A persecutoriedade (se sentir perseguido por algo ou por alguém) são convicções profundas para o sujeito e este não aceita outras causas por mais óbvias que estas sejam.
Além de, na esquizofrenia paranóide, o sujeito achar que está sendo seguido, perseguido ou atribuindo-lhes culpas, outros sintomas se relacionam a pensamentos sobre seu próprio corpo.
Nestes casos, o esquizofrênico acha que parte de seu corpo não está bem, não está funcionando corretamente ou ainda que algum órgão está falindo ou faltando. Muitas vezes esses órgãos estão relacionados ao coração, pulmão, rim, fígado, ou um órgão menos conhecido como o baço.
A sistematização do delírio é frequente, porém o esquizofrênico delirante paranóide é o que apresenta menos deteriorização de sua personalidade.
É comum relacionar-se bem com as outras pessoas, ter respostas afetivas próximas do normal e, com o processo de pensamento e cognição preservados.
O distúrbio esquizofrênico fica mais evidente quando o paciente é confrontado com o assunto que é emocionalmente significativo para ele ou quando é posto a prova por meio de testes de personaldiade ou testes projetivos.
De modo geral, as pessoas que convivem com o esquizofrênico paranóide somente reconhecem os problemas quando a pessoa tenta explicar suas crenças sobre seu corpo ou sobre as perseguições a que se sente submetido. Nestes momentos é que se percebe os delírios e as explicações sem sustentação e com origens bizarras e impossíveis.
As alucinações nestes esquizofrênicos também podem ocorrer e, da mesma forma que em outros quadros de esquizofrenia, associam-se a escutar vozes, ver vultos e pessoas mortas, receber ordens divinas, estar sob missão divina, etc.


Sintomas Esquizofrenicos – Episodio Esquizofrenico Agudo




Trata-se de surtos agudos de esquizofrenia, mas que não esteja de forma aguda associado a outrros tipos desta doença.
Caracteriza-se pelo aparecimento repentino de sintomas esquizofrenicos associados com confusão mental, excitabilidade, depressão e temores.
O começo agudo excessivo distingue da enfermidade de esquizofrenia simples e o paciente com esses sintomas recupera-se em poucas semanas e pode ter mais tarde um ou outro episódio, porém, na maioria das vezes, não desenvolve a doença.
Em outros casos, quando desenvolve e mantem os sintomas, provoca excessiva desorganização e adotam características da esquizofrenia paranóide, hebefrênica ou catatônica.



Esquizofrenia – conjuntos de sintomas para diagnóstico


No diagnóstico da esquizofrenia é importante levar em conta a necessidade de ter-se um conjunto de sintomas que a caracterize.
a esquizofrenia é uma doença complexa que se apresenta de várias formas, porém fundamentalmente se caracteriza pelo fato do paciente cindir da realidade e se refugiar num mundo próprio e fantástico.
Esse refúgio na esquizofrenia é mantido pelas crenças pessoais e padrões de pensamentos que fogem do normal considerando seu meio e cultura.
A doença em sua evolução pode apresentar os estágios:
a)- Pânico: o paciente tem consciência de que suas percepções a respeito de si mesmo e do meio estão se alterando e isto provoca ansiedade e pânico.
b)- Insight Psicótico: o paciente começa a perceber novos e inesperados significados em eventos comuns, mas isso não são validados pelo consenso geral. Está mais relacionado a delírios e alucinações.
c)- Multiplicação de sintomas: Os sintomas típicos da esquizofrenia se tornam cada vez mais numerosos, aparecem a catatonia, esquizofrenia hebefrênica, etc.





No prognóstico e na avaliação psicológica da esquizofrenia deve-se levar em conta a diferença entre a esquizofrenia e a reação esquizofrênica.
A esquizofrenia com mau prognóstico, caracteriza-se pelo início precoce, isolamento social, ajustamento inadequado pré-mórbido do sujeito, história familiar de esquizofrenia, ausência de fatores precipitantes evidentes e desenvolvimento insidioso.
Já a reação esquizofrênica, possui um prognóstico mais favorável e caracteriza-se pelo início tardio, a pessoa apresenta boa socialização, bom ajustamento pré-mórbido, não existe histórico familiar precedente para a esquizofrenia, acontece a presença de sintomas afetivos, presença de fatores precipitantes evidentes e desenvolvimento agudo das reações esquizofrênicas.
A importância do disgnóstico diferencial leva em consideração o conjunto de sintomas específicos, pois a esquizofrenia é uma doença complexa e que se apresenta de várias formas, porém como característica principal, tem-se que o paciente possui uma percepção distorcida e irreal (retirada da realidade), busca refúgio num mundo mantido por crenças e regras pessoais e com padrões de comportamentos que fogem do normal para o seu meio e cultura.
Porém estas características também são encontradas em outros distúrbios e transtornos psicológicos ou em outros quadros clínicos que precisam ser investigados de forma adequada.







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