sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A relação foi pro saco, mas ela não se conforma? Pule fora com classe

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Acabar um relacionamento, dar um fora em uma garota – ficante, namorada, mulher ou amante – não é uma tarefa nada simples e muito menos confortável. Mas existem maneiras de deixar as coisas se não mais fáceis, quem sabe menos traumáticas para ambas as partes. Veja como encarar a mais difícil DR (discussão da relação) que você já teve: a última.
A relação foi pro saco, mas ela não se conforma? 

Você está envolvido até o pescoço?
Uma separação fica menos difícil quando a relação ainda está no início – naquela espécie de período de experiência em que os parceiros não estão tão envolvidos um com a vida do outro. “Quando os cotidianos se entrelaçam, as famílias se conhecem e a vida é compartilhada, mais difícil fica dizer adeus”, explica o psicólogo Ailton Amélio, autor do livro Relacionamento Amoroso: Como Encontrar Sua Metade Ideal e Cuidar Dela (Publifolha, 304 págs.).
Seguindo esse raciocínio, é muito mais fácil dispensar a ficante e até a namorada do que a mulher com a qual você está casado há sete anos, claro. De qualquer forma, é doloroso e as reações podem ser as mais diversas. “Independentemente da posição ou do papel que a mulher tem na vida do homem, ela merece respeito e consideração no momento do término da relação. É óbvio que mais fatores estão envolvidos quando se trata do fim de um casamento ou relação estável (como existência de filhos ou bens), e por isso a situação pode ser mais traumática ou complicada”, diz a psicóloga Cláudia Faria, especializada em sexualidade humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash).
Quando dar o pé na bunda
Não existe o “melhor momento” para dispensar uma garota. O que você precisa é ter bom senso para não escolher o pior momento. Romper em datas especiais, como aniversário ou em dias difíceis em que ela conta com seu apoio, como na perda de um parente, por exemplo, só piora a situação. Mas também não vale usar esses “contratempos” como desculpa para adiar, cada vez mais, a conversa fatal. “Você deve ser sensível à sua parceira, mas antes deve ser sensível a si mesmo. Pense como a situação é desconfortável para você e o quanto isso pode estar trazendo ansiedade e infelicidade”, alerta Ailton Amélio. Escolha um local tranquilo para conversar com a garota. Não é na hora da happy hour ou no meio da balada que você deve fazer o anúncio. Muito menos depois de uma transa (por mais que você queira dar uma de despedida): certamente ela vai se sentir usada e você vai queimar seu filme. Também evite que o papo derradeiro seja na sua casa – se a garota se negar a sair dali pode ficar complicado. A casa dela, talvez, seja o terreno mais apropriado. Mas esteja com os argumentos na ponta da língua e prepare sua rota de fuga – até para escapar de possíveis objetos voando em sua direção!
Não vacile, seja claro
Na hora de dar o fora, o ideal é que o anúncio seja feito de forma clara, sincera e respeitosa. “Dizer a verdade, como ‘Eu não amo mais você’ ou ‘Não estou feliz nesta relação’, costuma ser eficaz para que a mulher aceite a separação”, argumenta a psicóloga Cláudia Faria. Para não tumultuar mais o meio de campo, evite discussões inúteis e principalmente não jogue a culpa na parceira, apontando as falhas dela no relacionamento. Se a relação acabou, provavelmente foi por uma série de fatores e por responsabilidade dos dois – responsabilidade, não culpa. Por mais difícil que seja, programe uma conversa que vá direto ao ponto, seguida de algumas poucas explicações – não é necessário ficar se justificando excessivamente. “Mas deixar de dar uma satisfação também não é bom”, considera o psicólogo Ailton Amélio. Se a garota for alguém com quem você está só ficando ou sua amante, nem pense em sumir do mapa, acreditando que “Ela vai se tocar”. Seja homem o suficiente para dizer que não quer mais, olhando nos olhos – nada de dispensar por e-mail ou telefone. Acredite, elas podem infernizar sua vida. Em relações mais duradouras, muitas vezes o homem usa maneiras indiretas para sinalizar o ponto final – como deixar de dar atenção à mulher, evitar programas juntos, fazer coisas que irritam a parceira… Mas isso não dispensa o papo derradeiro e direto. “Aquele que quer terminar pode começar a tomar medidas que tornem o relacionamento menos importante para si e para o parceiro. A diminuição da importância facilita a separação”, afirma Ailton.
E se ela virar uma mala?
Você foi sincero, claro, educado. Mas ela pode não ter “entendido” e insiste pelo celular, com torpedos, manda e-mails, MSN, recado pelos amigos, aparece no seu trabalho ou na sua casa. Não, você não vai precisar desenhar. Será preciso apenas uma dose extra de paciência. “Explique que a insistência dela não modificará sua decisão – mas tenha certeza disso -, e diga que forçar a barra só trará mais sofrimento para os dois”, sugere Cláudia Faria. O psicólogo Ailton Amélio aconselha graduar esses avisos. “Aumente a dose na medida da necessidade: comece dizendo que ela está incomodando, que se ela persistir nas investidas você poderá pegar ojeriza e que não gostaria que isso acontecesse.” No entanto, se ela continuar com atitudes desequilibradas, a psicóloga Cláudia Faria julga ser legítimo “desaparecer” por um tempo. “Fique offline, desligue o celular, peça que não transfiram as ligações dela para você. E, se não conseguir escapar de uma dessas investidas, respire fundo para não dizer coisas como ‘Você está louca’ ou ‘Por isso que não dava mais para ficar com você’. Seja firme na sua decisão e espere que ela recupere a sensatez.”
Elas não engolem fácil
É difícil para qualquer um – mulher ou homem – se sentir rejeitado. E cada pessoa reage de uma forma. “Algumas ficam com raiva e desejam vingança; outras ficam deprimidas e com baixa autoestima”, diz a psicóloga Cláudia Faria.
Para a empresária gabriella a., 37 anos, de são paulo, o pé na bunda foi um golpe duro de assimilar. “Meu namorado era oito anos mais novo do que eu e morava em outro estado. Apesar dessas barreiras, éramos muito apaixonados. Até que um dia eu comecei a sentir que ele estava distante. Eu fingia que não era nada e levava adiante”, conta. Um dia depois de completarem seis meses de relacionamento, por telefone, ele desabafou: “Não aguento mais. Se não é para ter você inteira, não quero pela metade”. Ela desabou em choro. “Sempre fui muito segura e nunca me abati com fim de relacionamento, mas esse me deixou arrasada. Ele foi claro e sincero, mas é difícil de aceitar. Chorei dias seguidos, perdi a fome e quase não conseguia trabalhar”, conta Gabriella. Os dois ficaram sem se falar por alguns dias até que marcaram uma conversa pessoalmente. “Ficamos juntos, choramos, conversamos, mas ele estava certo de que não queria mais namorar”, diz a empresária. Depois disso tentaram ficar amigos – o que só foi mais doloroso para Gabriella. “Por mais duro que tenha sido ouvir um ‘Não te quero mais’, acho que ele agiu certo nesse ponto. O depois é que não foi legal – não dá para fazer de conta que nada aconteceu e tratar o amor da sua vida como amiguinho. Só consegui esquecê-lo depois que me afastei completamente.”
A administradora Priscila Gomes, de 33 anos, de Belo Horizonte, já passou por dois términos. “No primeiro caso, meu namorado me largou por causa de uma amiga: me traiu e pronto, sem se dar ao luxo de explicações. Foi assim que fiquei sabendo que não estávamos mais juntos”, comenta Priscila. Já o segundo namorado foi o grande amor da minha vida. Nossa relação era perfeita, combinávamos em muitas coisas, éramos companheiros. Mas as coisas começaram a ficar ruins quando ele decidiu fazer o mestrado dele fora do país. Depois que mudou, a relação foi esfriando. Conversamos e vimos que não era possível continuar juntos. Ele disse que ainda me amava, mas que não achava justo me deixar esperando por um compromisso que ele não tinha certeza se queria naquele momento. Acho que foi o melhor término de namoro que tive: racional, sincero, com conversa, sem brigas e sem mágoas.”
Eles dão o caminho
Paulinho Vilhena: “Todo relacionamento deve ser tratado com muito respeito. O mínimo é sentar com a parceira para conversar e expor o que você está pensando e também ouvir como ela se sente. Quando não estou mais a fim da garota e tenho certeza da minha decisão, tento colocar da maneira mais clara e cuidadosa possível. Acho que o diálogo entre o casal, na hora do término, é primordial”.
Caio Castro: “Quando estou em uma relação em que existe afeto e uma história com a pessoa, mas algo não vai bem, sem dúvida alguma chamo a garota para conversar pessoalmente, olhando nos olhos, para explicar o que estou sentindo. Assim é possível ser claro e ter certeza de que o sentimento acabou”.
Enquete MH*
48% dos leitores apostam no diálogo para efetuar o rompimento
3% dão outra chance a ela
35% dos leitores conversam amigavelmente na hora de terminar o relacionamento
22% se tornam grosseiros de propósito para abreviar a relação rapidamente
* Pesquisa realizada com 495 leitores no site da revista MH entre os dias 5 e 22 de novembro
Três coisas que você deve evitar depois que terminar
Dar uma de amigo
Normalmente é necessário um período de distanciamento antes que o ex-casal possa iniciar uma relação saudável de amizade. Se tudo o que você quer é distância dela, nada de ficar ligando ou procurando saber como a garota está.
Criar falsas esperanças
Terminou, terminou. Sem essa de ficar “cozinhando” a garota para que ela esteja à sua disposição quando você estalar os dedos. Isso é cruel. A ansiedade de não saber se vocês estão juntos ou separados faz mal para ela e para você também. “Se você não tem certeza de que quer se separar, pense melhor sobre o assunto e decida antes de tomar qualquer atitude. Se está descontente com o relacionamento, mas ainda gosta da parceira, o ideal é que discutam a relação e sobre como seria possível melhorá-la”, sugere a psicóloga Cláudia Faria.
Ficar com ciúme dela
Tem cara que termina com a garota e ainda quer tirar satisfação sobre com quem ela anda saindo. Não foi você que quis assim? Largue o osso e deixe cada um tocar sua vida. Se ainda sente ciúme dela, pense se é o caso de voltar.

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