terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Seus relacionamentos só vão até a página dois?

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Seus relacionamentos só vão até a página dois?

Já ouviu essa expressão: “até a página dois”? Pra quem não ouviu, vou explicar: é quando uma regra ou uma tendência só funciona em teoria ou até certo ponto. Depois, a gente nunca sabe o que pode acontecer! Exemplo: os políticos devem trabalhar pelo povo! Ok, mas trabalham apenas quando lhes interessa. Outro: as pessoas tendem a se comprometer depois de algum tempo num relacionamento! Ok, mas muitas não passam de uma fraca tentativa! 

É justamente sobre essas pessoas que quero falar! Sobre você ou alguém com quem você tem se relacionado que, apesar de dar todos os indícios de que o relacionamento “vai muito bem, obrigado”, não avança, não se aprofunda, não sai do namorico. 

Se você é do tipo que começa um flerte, uma paquera, uma sedução... e depois até emenda um encontro daqui, um cinema dali, liga de vez em quando, até arrisca uma rotina, mas, quando a situação começa a ficar séria e o outro se mostra comprometido, gostando cada vez mais e, pior, demonstra que espera o mesmo de você, pronto! Você dá um jeito de desaparecer, seja saindo de fininho, aos poucos, seja sumindo de uma vez, como se tivesse sido abduzido! 

A pergunta que fica martelando na cabeça do outro e, quero acreditar, também na de quem repete esse comportamento há anos, é: por quê??? Aquele que foi abandonado “no meio do caminho” se questiona “por que a pessoa sumiu? Será que fiz algo errado?”. E a que fugiu se questiona “por que não consigo me entregar? Por que não sei amar ninguém?”. 

No final das contas, é claro que é sempre possível tirar algum aprendizado de uma situação como essa, entretanto, será mesmo que tem de ser assim, pagando esse preço, fazendo alguém e também a si mesmo sofrer, indefinidamente? Será que o melhor não seria encontrar um modo de agir e sentir que fosse mais coerente e mais fluido com o ritmo do seu próprio coração?

Quem foge da entrega está sendo comandado por uma razão imperativa, uma razão que contraria o desejo, porque se uma pessoa desiste de um relacionamento por descobrir que não gosta do outro, ou porque a relação ia tão mal que não valia a pena continuar, tudo bem. É compreensível e até louvável, afinal, o que existe do lado de dentro está em sintonia com o que existe do lado de fora! 

Porém, quando a pessoa vai embora simplesmente porque se vê diante do convite para se entregar, amar, aprofundar-se em seus sentimentos, assumir compromissos, fazer escolhas que incluam o outro, enfim, do convite para viver uma relação de gente grande, então talvez esteja na hora de amadurecer. 

E o amadurecimento inclui a busca do entendimento de si, o autoconhecimento, a tentativa de compreender por que essa dinâmica se repete sem que a pessoa tenha a chance de se questionar se quer ficar ou se quer mesmo ir embora. Certamente, tem aí algum “nó”, algum medo terrível de sofrer ou alguma crença limitante, daquelas que ditam nosso comportamento sem sequer percebermos. 

Crenças como “nenhum homem presta” ou “as mulheres são todas interesseiras” ou “casamento nunca dá certo” ou ainda “amor sempre acaba em sofrimento”, entre outras, são nefastas e podem destruir completamente a possibilidade de realização e satisfação de uma pessoa. Em geral, essas crenças são resultado de experiências vividas ainda na infância. E o medo, na maioria das vezes, tem a ver com o fato de a pessoa ter presenciado alguma relação muito importante sendo desfeita brutalmente, com muita dor e sofrimento para os envolvidos. 

O fato é que, em última instância, o que todos nós queremos é viver de forma sincronizada com o que sentimos, deixando a vida fluir e tentando fazer valer a pena. Portanto, se essa harmonia ainda não está rolando nos seus relacionamentos, o melhor é aproveitar a chance de olhar para si e refletir: “o que eu realmente sinto?”, “o que eu realmente quero?”. E com coragem e sinceridade para arriscar uma nova atitude, é certo que o amor deixará de ser uma ameaça e passará a ser uma deliciosa e imperdível experiência!

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