quarta-feira, 26 de junho de 2013

ManiFESTAMOS – e agora, o que vamos fazer?

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Cartazes, emoção, sentimento ufanista, desejo de ver um Brasil melhor. Tudo isso fez parte das manifestações que foram uma verdadeira festa da democracia. A pergunta é: todo esse desejo de mudar perdura até as próximas eleições?

Manifestação em Manaus

Até o preço da farinha foi objeto dos protestos na tarde e noite desta quinta-feira (20 de junho de 2013). Uma data que marca um momento importante da história contemporânea brasileira.
 Em Manaus, cerca de 80 mil pessoas – com caras pintadas, entoando canções, com faixas e cartazes – , caminharam motivados pelo anseio de um Brasil melhor.  Elas participaram de um ato patriótico, mas tiveram o manifesto marcado por pequenos grupos de vândalos que tentou manchar o ato (coisa que ocorreu em várias cidades do País).  
Ao se observar a repercussão da manifestação nas TVs, nos portais de notícias e nas redes sociais é possível perceber que o desejo de ir às ruas tomou conta do cidadão comum e fez reascender (ou nascer em alguns) um sentimento de ufanismo e engajamento na luta de direitos. Mas, e agora? Qual o próximo passo?
As manifestações são exemplos de como a sociedade é um organismo vivo. Mas, individualmente o que cada um de nós precisa continuar a fazer?
Não sou cientista político ou social, mas me arrisco a dizer que esse foi um grande passo. Fez políticos lembrarem que o povo existe e não é mera massa de manobra, que não é algo inerte. E ainda, que as redes sociais podem mover multidões e revoluções, vivemos uma época em que centavos podem ser estopins para grandes explosões.  
A festa democrática foi marcante. Foi linda. Penso que passada a ida do povo às ruas é hora de elencar as reivindicações e continuar a luta pelas vias legais. Ir às ruas, postar fotos no Facebook e pintar a cara – para relembrar o que muitos de nossos pais fizeram – é bonito. Porém, deve refletir em ações práticas.
Se cada um dos brasileiros que marchou pelas ruas tomar para si a responsabilidade de ser, de fato, contra o que escreveu em seu cartaz este pais da copa vai vencer. Talvez não ganhe a competição nos campos – o que para mim é indiferente –, mas sim a luta diária em hospitais sem leitos, escolas com alunos mal-educados e professores vergonhosamente mal-remunerados. Se as soluções para o que se protestou forem buscadas, o Brasil vai vencer a vergonha de ter certos governantes gozando de riqueza as custas do povo trabalhador, vergonha de deixar políticos gastarem bilhões em obras que servirão de elefantes brancos e são criadas após licitações fraudulentas.
Se você tem vergonha do Brasil, a culpa é sua. Se você quer um país melhor, as mãos que podem moldar a mudança são suas.
Quer farinha mais barata? Cobre do governo fomento à produção.
Quer o fim de propostas retrogradas como a “cura gay”? Busque os meios legais para derrubar ações individuais de políticos que querem impor ideologias, mesmo em um pais laico.
Quer a aprovação (ou derrubada) de PECs, leis, CPIs? Faça abaixo-assinados, reivindique, denuncie.
Quer a redução da tarifa dos coletivos? Deixe claro que o importante não é o preço em si, mas o valor qualitativo do serviço prestado.  
Seja qual for a sua causa é hora de começar agir. Caso contrário, apenas as fotos do Facebook  servirão de lembranças para os seus filhos e netos.  A manifestação das ruas deve ecoar até as próximas eleições.


Quem escreve:*Leandro Tapajós é artista plástico e jornalista  

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