sábado, 19 de abril de 2014

O vício do Amor obsessivo

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Este artigo faz parte do livro COMO SUPERAR A CARÊNCIA AFETIVA E A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL, que será lançado em breve. Leia e faça seus comentários ou conte suas experiências logo abaixo. Se quiser não precisa dar seu nome verdadeiro.
Na última década muita coisa mudou a respeito do que se chama o “vício do amor”. Não que o vício mudou, pois continua sendo o mesmo flagelo que sempre foi. O que mudou na verdade foi à forma de encará-lo. Há vinte anos o nosso entendimento sobre o vício do amor, ainda fazia parte da nossa compreensão sobre co-dependência. O vício do amor e a co-dependência parecia ser a mesma coisa, no entanto hoje compreendemos que não é verdade.
A obsessão amorosa em si já é um campo de estudo, enquanto que co dependência é apenas um dos vários transtornos de personalidade subjacente. Para deixar bem claro como um difere do outro a seguinte lista.
O dependente de amor obsessivo tem as seguintes características:
É indisponível emocional ou sexualmente, ou seja, são pessoas casadas ou que estão se relacionando com alguém; viciados, alcoólatras, viajantes. Tem dificuldade de comunicar-se, sem amor, distante, abusivo controlador, ditador, egocêntrico, egoísta e são viciados em alguma coisa fora do relacionamento, tal como hobbie, drogas, álcool, sexo, outra pessoa, jogos, compras e outros.
Co-dependete  de viciados em amor obsessivo, São mais facilmente reconhecidos, pois se encaixam num perfil mais normal. A maioria deles sofrem de baixa auto-estima e tem certa forma previsível de pensar, sentir e agir. Isto significa que, por causa de sua insegurança e baixa auto-estima eles tentam desesperadamente prender a pessoa querendo ser aquele que irá salva-la. Monta vigilância cerrada, controla de maneira passiva ou agressiva e aceita o abuso. Em geral eles farão de tudo pelo parceiro na esperança de que eles não vão abandoná-lo ou que algum dia eles irão retribuir o esforço.
Dependentes de Relacionamentos, ao contrário de outros viciados em amor, são pessoas cujo amor já acabou, mas elas se recusam a deixar o parceiro ir embora. Normalmente eles são tão infelizes que o mau relacionamento acaba afetando a sua saúde física, emocional e espiritual. Mesmo que seus parceiros os espanquem, eles corram risco de morte, não os deixam ir. Sentem muito medo da mudança que causará o rompimento e a solidão. Eles de maneira nenhuma querem ferir seu parceiro. A filosofia do dependente de relacionamento poderia ser resumida nesta frase: “Eu odeio você, mas não me abandone pelo amor de Deus!” ou “Você não presta, mas eu quero ficar com você”.
Dependentes de amor narcisista. Narcisismo descreve a personalidade de alguém que é apaixonado por si mesmo. São pessoas que costumam dominar seu parceiro usando o poder da sedução. Ao contrário do co-dependente, que aceita uma grande quantidade de sofrimento, o narcisista não irá tolerar qualquer coisa que interfira na sua felicidade. Eles são muito egoístas e sua baixa auto-estima é mascarada pela sua mania de grandeza.
Por aparentarem não estar nem aí para o relacionamento, parecem ser distantes e indiferentes. Eles não aparentam ser viciados, mas se alguém tentar abandoná-los eles entrarão em pânico e usarão qualquer artifício ao seu dispor para prender a pessoa no relacionamento, incluindo a violência.
Muitos profissionais da área têm rejeitado a idéia de um narcisista ser viciado em amor, talvez porque eles nunca buscam ajuda especializada. Mas quem já viu a reação de um narcisista diante da possibilidade  real ou imaginário de ser abandonado, terá a certeza de que eles são mesmos viciados em amor.
Viciados em amor ambivalentes – que tem dois valores. Pessoas que sofrem de transtorno de personalidade ou anorexia emocional. Essa anorexia emocional é quando a pessoa sente que é muito inferior emocionalmente, mesmo quando não é.
São ambivalentes porque anseiam desesperadamente por amor e ao mesmo tempo estão aterrorizados com medo de uma possível intimidade e, convenhamos essa é uma combinação angustiante. A pessoa quer amar, mas tem medo de se envolver.
Há varias formas diferentes de viciados em amor ambivalentes, eis alguns:
Pessoas que são obcecadas por outras que não está disponível, casada, etc. Pode ser um sentimento não revelado, quando a pessoa sofre em silêncio ou perseguindo a pessoa pela qual esta apaixonada. Este tipo de vício se alimenta de fantasias e ilusões; é o famoso amor não correspondido.
São pessoas estranhas que costumam sabotar, ou seja, dar um jeito de acabar logo com os relacionamentos quando eles começam a ficar sérios e surge a intimidade. Pode acontecer antes ou depois do primeiro encontro, quando a coisa caminha para um compromisso mais sério.
Mas se você vive com o coração disparado por causa de alguma pessoa indisponível ano após ano, sabotando um relacionamento atrás do outro, ou apenas se sentir bem quando esta com alguém indisponível, então você pode ser um viciado em amor ambivalente


8 comentários:

  1. Sou co dependente de viciados em amor obsessivo e ainda dependente de relacionamentos. Faço de tudo pra pessoa ficar, ajudo e então sou maltratada, espezinhada, humilhada. A pessoa não me dá valor e ainda fala mal de mim para os outros. Gostaria de me libertar de ser assim de uma vez por todas. Tenho 36 anos e não aguento mais incorrer nesse erro. Sempre escolho homens inferiores a mim e fico com peninha, querendo ajudar. Vejo de inicio que aquela pessoa não é pra mim, mas depois penso que seu eu ajudá-la pode chegar ao patamar que eu quero. E sofro tentando mudar a pessoa e sendo agredida. Eles são mal agradecidos. O último me chamou de chata, velha e feia. E mesmo assim convivi com ela até a mãe dele me ligar dizendo que ele tinha sumido e depois ficamos sabendo através de amigos dele que ele estava no motel com outra. Queria muito dar a volta por cima, pois não consigo ter um relacionamento saudável em que eu seja respeitada. Grata

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    1. Prezada leitora

      Sendo co dependente você não consegue sair da ilusão e nem enxergar a realidade. É como se ela ficasse cega e estatizada no momento em que nutriu a esperança.Acontece que este tipo de amor, é tudo, menos amor.Você sente apego a uma sensação que em determinado momento foi causada pelo objeto de seu amor. Mas na verdade esta sensação é o reflexo da própria carência afetiva supostamente preenchida pelo objeto do amor. Não é ao outro que você ama, mas sim ao símbolo que o outro representa para você. O outro passa a ser o retrato de sua própria necessidade.O amante obsessivo não ama ao outro, mas ama ao sentimento que o outro desperta nele. Ele ama a sensação que o outro lhe proporciona. Se você não começar a se tratar agora. adoecerá ainda mais, procure ajuda terapêutica e liberte-se disto o quanto antes para amar com qualidade.O amor é o melhor sentimento que alguém pode experimentar. Mas o amor saudável e verdadeiro é precedido de equilíbrio, verdade e pacificação. Se não tiver condições financeira procure a faculdade de psicologia mais próxima de sua casa. Ou se puder marque consulta com psicólogo urgentemente, ele poderá lhe encaminhar para o melhor tratamento. Nunca se esqueça, ISSO É UMA DOENÇA. Se cuida.

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  2. Lendo todo esse artigo nao seu se sofro de algum desses disturbios conscientemente.
    Estou num relacionamento q vai fazer 1 ano e senti vontade de mata-lo duas vezes, mas nao o fiz pq se fizesse feito nesse momento eu estaria na cadeia e nao aqui, mas eu gosto mto dele, jah disse q o amo, mas estou com dificuldade de fazer as coisas sozinha, por exemplo, antes eu saia sozinha, me virava, agora tudo precisa ser c ele e como ele nao vai, eu nao vou, isso eh normal??
    Agradeço e gostaria mto de ler o livro, qdo lançar avisa a gente aqui no blog.
    Obrigada por td.
    Bjos

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    1. Leia o artigo que publiquei no dia de hj 21/04 sobre o MADA mulheres que ama demais e procure em seu estado onde são as reuniões que ajudam muito mulheres como você. Não se preocupe, você não está sozinha. Sua situação não é normal, a dependência se torna destrutiva, podendo sem dúvida, tornar-se doentia e simbiótica, impedindo o crescimento e a troca entre o casal. Você provavelmente já deve ter anteriormente em sua vida sido rejeitada ou abandonada, esse trauma você carrega consigo até hoje e cria-se a dependência, como uma forma desesperadora e fantasiosa de impedir que aconteça de novo.
      Você deixa que desvalorizem tudo que lhes é mais caro: seus sentimentos. Perde completamente o valor ao se permitirem que o outro jogue no "lixo" seu eu mais verdadeiro, desprezando tudo que dizem, sentem, fazem, pois nada que é seu é valorizado, ao contrário, tudo é motivo de crítica, fazendo-os acreditarem serem incapazes. O que não é verdade! Precisa passar por um processo de psicoterapia para começar a perceber seus próprios valores, seus desejos, vontades e sentimentos, resgatando assim com sua saúde mental, a auto-estima e o amor-próprio. Procure um Psicoterapeuta em seu estado, só ele e você juntos poderão fazer com que você assuma responsabilidade pela sua própria vida não mais colocando a sua vida na mão de quem quer que seja, mas na única pessoa em quem pode confiar: em si mesma. Mais importante que viver um grande amor é viver em paz consigo mesma!

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  3. Grata, Déia. Já marquei psicólogo. Tomara que dê tudo certo.

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  4. Estou providenciando o livro para as leitoras, este indicado acima não é de minha autoria, é de Cristiano Netto.
    Mas me deram uma boa idéia, vou lançar um livro sobre dependência amorosa.
    Assim que o autor me responder eu entro em contato e publico no blog.

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  5. Andreia, li seu artigo sobre o MADA e vou procurar um grupo logo, logo, pois é triste saber sobre essa dependência. Tratamento com psicoterapeuta no momento nao pretendo fazer, já fiz durante 4 anos e ela nunca percebeu essa dependência, sempre me dizia p eu ter paciencia c ele e hj percebo q essa tal paciencia fez q eu me tornasse dependente e me afundasse cada vez mais.
    Aguardo ansiosa por seu livro.
    Serah um sucesso.
    Obrigada.
    Bjos

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    1. Troque de terapeuta. Situação tão complicada, eles infelizmente fazem muita hora, até eu já fiz tratamento com psicólogo, afinal, casa de ferreiro espeto é de pau. Larguei na metade porque não decidia-se nada. Precisamos de resultado rápido. Se este te enrolou procure outros.
      Já até comecei a escrever o livro, logo estará publicado online pra todas.

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