Um relacionamento estável não deve basear -se no chamado amor incondicional, mas sim em respeito, confiança, reciprocidade, concessão e cumplicidade, sem estes sentimentos não é amor. Quando se age desta forma está faltando o único amor que realmente necessita ser incondicional: O Amor-próprio. Se você não tem amor por si, o que oferece aos outros não é amor é a sua baixa estima.
Em geral o ser humano não nasceu para viver só. Temos emoções, desejos e anseios de sermos felizes. No modelo criado pela sociedade, pela religião e absorvidos de valores familiares, aprendemos que feliz é quem tem um companheiro.
Algumas pessoas acabam se envolvendo em relacionamentos ruins porque a necessidade que o ser humano possui de mostrar-se perante a sociedade dentro deste modelo o leva a desejar provar que é amado, em alguns casos este desejo supera o amor-próprio. Estas pessoas temem se sentirem excluídas socialmente por não ter um parceiro, isto gera uma certa carência levando a atitudes precipitadas quando decide envolver-se com uma pessoa.
A agressividade é desencadeada pela testosterona. Homens e mulheres produzem este hormônio, sendo que, as mulheres em índices indiscutivelmente inferiores. O que não significa que uma mulher não possa ser agressiva. Existem exceções e o comportamento humano é variável, porém em vias gerais, devido a uma pressão social, religiosa e familiar, a mulher encontra-se em uma posição mais vulnerável no que se refere a relacionamento. Isto não quer dizer que o sexo feminino seja frágil, quer dizer são mais emotivos, tolerantes e condescendentes.
Nos dias de hoje os relacionamentos são consequência das escolhas de cada um. Diferente de décadas atrás em que os pais escolhiam os maridos para as filhas e diferente de alguns países que ainda mantém este comportamento.
Quando se tem um parceiro agressivo, basicamente esta relação é constituída pelo sentimento de posse sobre o outro.
A agressividade não se resume apenas a uma questão física, ela pode ser também verbal ou comportamental. Quando conhecemos alguém é perceptível a existência da agressividade se ficarmos atentos aos menores detalhes e não deixarmos o lado emocional nos cegar. Os adultos geralmente não sabem reconhecer a própria agressividade. Na maioria das vezes recusa-se a admitir que extrapolou os limites, e quando questionado pode torna-se ainda mais agressivo se questionado em um momento de fúria.
É importante que ao menor sinal de agressividade do parceiro, a outra parte mantenha a calma. Sabendo-se que manter a calma não pode ser sinônimo de medo, medo é algo que não é positivo neste momento nem mesmo por instinto de sobrevivência. Algumas pessoas agressivas quando percebem que causam medo aproveitam-se da situação tornando-se mais agressivas, intimidadoras, manipuladoras, e aumentam desta forma o controle da situação. Retribuir a agressividade com agressividade pode desencadear uma situação pior ainda. Sentimentos quando despertados são um círculo vicioso, se alimentam entre si. Bons sentimentos geram bons sentimentos, sentimentos ruins geram sentimentos ruins.
Assim que o rompante de agressividade se abrandar deve iniciar-se um diálogo de forma que você demonstre que possui respeito pelo parceiro, manifestar a sua indignação por não ter sido respeitado e afirmar que não tolerará tal atitude. Em nenhum momento demonstre medo, mas sim respeito que são duas coisas totalmente diferentes. Respeito é algo que se conquista quando se tem admiração e esta é estimulada, medo é algo que se impõe ao parceiro para que ele seja subjugado.
Não existem atenuantes que justifiquem agressividade em um relacionamento. Quem tem razão demonstra com argumentos e não com gritos, ataques físicos ou morais.
Nenhum problema ou frustração que o parceiro esteja passando é motivo para agressividade, seja tal problema na relação ou por razões externas oriundas da atribulada vida do dia a dia.
Há casos em que a agressividade do parceiro é um traço de personalidade adquirida de situações ou hábitos de convívio na infância e adolescência devido ao ambiente em que foi criado, sendo vítima de violência doméstica ou simplesmente um espectador.
O fato precisa ser compreendido e não aceito como justificativa para tal agressividade, pois a situação presente não é vivida pelo que convivia no passado.
Entenda que, caso uma atitude racional e de repúdio não sejam manifestadas logo no primeiro conflito, isto pode tornar-se um hábito e um caminho sem volta o qual corre sério risco de agravar-se. Passando de agressividade verbal e comportamental para física rapidamente sem que você se dê conta e nem consiga assimilar quando e o por quê começou.
Quando não existe diálogo para que este problema seja solucionado, é necessário recorrer a ajuda profissional para que se restaure um relacionamento saudável e não se desencadeie um relacionamento destrutivo que prejudica a todos os envolvidos, principalmente havendo filhos envolvidos. Por exemplo: Psicoterapeuta, Centro comunitário, advogado ou líder espiritual.
Caso a agressividade seja manifestada de forma física, a atitude precisa ser ainda mais contundente. Em geral toda agressividade física acontece com algum sinal antecedente de forma verbal ou comportamental. Por isto é importante manter uma certa distância do parceiro e afirmar que não aceitará de forma alguma tal atitude, não funcionando tal advertência afaste-se. Se possível peça socorro ou tranque-se em algum algum lugar, caso tenha acesso a um telefone chame a polícia. Não mantenha-se isolado esperando acalmar os ânimos e arriscando sair com o parceiro naquele local, mesmo que ele sinalize que está tudo bem e implore por desculpas ou perdão. Não esqueça que a pessoa agressiva torna-se manipuladora. Pense em primeiro lugar na sua integridade física neste momento.
Não recue no ato de registrar queixa, seja por pena, vergonha ou receio de ficar sozinha. Caso o parceiro seja poupado de medidas legais, ele sabe que de alguma forma pode controlar a vítima e se utilizará deste meio para atingi-la outra vez. Sejam tais motivos os filhos, a vergonha ou medo de tomar alguma atitude. Não tenha vergonha de pedir auxílio e denunciar, muitos casos de agressividade terminam em morte.
Dicas e AVISOS
Fatores que desencadeiam a agressividade do parceiro: Problemas mentais, falta de diálogo, Álcool e drogas, dificuldades sexuais, baixa estima e insegurança.
Motivos que levam a aceitação da agressividade do parceiro: Masoquismo mesmo que inconsciente, sentimento de culpa pelo fracasso da relação, dependência econômica e vergonha de assumir o problema e pedir ajuda.
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