segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Amor imperfeito, mas ainda amor!

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O amor apenas ama. Não adianta explicar, definir ou racionalizar. Se ele o é simplesmente, por que nem sempre dá certo?

No meu consultório, as histórias de amor são as mais freqüentes. Homens apaixonados, mulheres apaixonadas, adolescentes vivendo o fogo da paixão... Ninguém escapa do Amor!

Observou os temas musicais de todo o mundo? Quase sempre o amor. Dor de cotovelo, amor não correspondido, amor passional, ciúme, perda, abandono.


Essa frase é bastante comum: "Não sei porque o amo, ele é um tanto rude, às vezes chato. E, nem é o meu tipo de homem!"

Ou então: "Ela é teimosa e ri alto demais, mas a amo tanto!"

Vilma, 42 anos afirmou:

"Ele gasta muito. Já brigamos por conta disso, discutimos e nos separamos... No entanto, eu o amo demais. Ele tem outras qualidades como: carinhoso, atencioso e muito alegre. Combinamos então, que eu vou administrar as nossas finanças. Agora, ficou tudo bem!"

O que você percebeu no texto acima?

O amor se adapta, se molda e se ajusta. Uma simbiose muito sadia.

O que você percebe? O amor independe de qualquer reflexão ou raciocínio lógico para nascer. No entanto, precisa de alguns fatores mais objetivos para se manter vivo. Compreendeu?


Se o amor é completo em si mesmo, por que há tanto sofrimento?

Ele se basta? Sim, porque quando é verdadeiro ele vem acompanhado. Aquele que ama de verdade respeita, confia e tolera. O amor é o sentimento das almas evoluídas. Só que , nós, seres humanos, não amamos verdadeiramente. Não dá certo, porque temos defeitos. Muitos e muitos defeitos. Muitas exigências. Egoísmo para dar e vender.

Grande maioria de pessoas não entra num relacionamento para doar , mas somente para receber. Fala mais forte o egoísmo. Aquele que não sai do ego infantil terá muito dificuldade para manter um relacionamento sadio.


Idolatramos o outro . Não percebemos que ele tem também tem defeitos.

No início, por que é mais gostoso? Ocultamos os defeitos para impressionar o outro. Melhoramos a aparência, somos carinhosos, educados e românticos. A pessoa amada se encanta e se apaixona. Não por nós, mas pelo que vê em nós. E, com o tempo, a máscara cai por si mesma. Os defeitos aparecem e o amor desaparece...

Se você deseja ser feliz no amor é preciso se aprimorar a cada dia. E vem a batida tecla da auto-estima. Isso é verdade! Quanto mais você se menosprezar ,mas vai endeusar o outro. O outro é maravilhoso. Você é um idiota. O outro é inteligente. Você mal sabe a tabuada. Cheio de desrespeito por si mesmo, dificilmente vai ser respeitado. Por que? Por mais que seja amado , jamais acreditará. Porque você não se ama.

Tolerar alguns defeitos da pessoa amada faz parte desse amor imperfeito. Tolerar o outro é tolerar a si próprio. Isso não significa que deva ser subserviente ou passivo. Trata-se da compreensão das limitações do outro.

Não adianta. A felicidade do homem começa dentro de si mesmo. Não adianta se enganar com as ilusões do mundo exterior porque duram pouco.

É natural no ser humano procurar no outro alguém que o complete. Ele se sente incompleto e vazio. Aí, mora o engano. Quando encontrar alguém maravilhoso, vai se sentir completo. No entanto, essa sensação só vai perdurar quando a pessoa amada estiver por perto. E se ela se afastar durante um bom tempo ou for embora , a sensação vai embora completamente. Vem a dor de cotovelo, a saudade daquele tempo em que você se sentia completo.

Você pode não se sentir completo, mas tem que se sentir inteiro para amar com maturidade. Imaturidade psíquica atrai amores capengas e doentes.

Na verdade, é natural a procura de um estado natural de bem -aventurança, prazer e encanto. O homem busca sua própria evolução. O homem busca o prazer e evita a dor.

Quanto mais se aprimorar e se livrar das imperfeições, mais se sentirá feliz. E, por esse motivo, buscamos o outro. O amor a dois é um aprendizado. Cada qual aprende muito com as qualidades e os defeitos da pessoa amada. E o amor seguirá seu curso. Poderá se transformar, mas jamais acabará. Existe respeito, confiança e admiração. Não é porque você ama que irá desistir desse trio maravilhoso: confiança, admiração e respeito.

João disse à mulher amada:

"- Eu lhe bati , porque me descontrolei, mas eu te amo!" - no vocábulo do amor não existe violência e desrespeito. O amor sem respeito acaba.

O respeito, a confiança e a admiração podem ser aprendidos e reforçados com seu auto-aprimoramento. E, para isso, você precisa se respeitar, se admirar e confiar em você mesmo. E será mais fácil, exigir da pessoa amada que faça o mesmo.

Respeito , confiança e admiração não bastam para um casal ficar junto.

Você respeita e confia no seu melhor amigo! Isso basta para amá-lo? Não.

No entanto, amando sem respeito, confiança e admiração, seu relacionamento dificilmente terá futuro.

A lei do semelhante atrai semelhante é válida para o amor. Geralmente, atraímos pessoas que pensam como nós. É gostoso estar com alguém que pensa como nós. No entanto, se pensamos que ela é perfeita, quando ela errar , se sentirá traído. Não misture as coisas. Não se iluda com o amor humano! Daí , surgem todos os sofrimentos.

Vera amou Fábio . Eles se conheceram numa danceteria. Achou-o carinhoso, simpático e muito alegre. Essas qualidades apareceram de cara e atraíram Vera. Por que? Porque Vera é tímida e carente. Um homem muito carinhoso a faz se sentir bem. Sua alegria a contagiou. Até aí tudo bem.

Um dia, depois de três meses de namoro, Fábio gritou com Vera. Ela interpretou o descontrole do rapaz como desamor. Começou a se decepcionar, mas ficou quieta. Por que? Porque se achava tímida, carente, não merecedora de um amor de verdade. Em vez do diálogo , Vera preferiu se afastar. Se ele gritou com ela é porque ela não merecia amor. Ele não a amava mais.

Fábio, apesar da aparente alegria , também era um homem inseguro e carente. Interpretou o afastamento de Vera como desamor. Os dois terminaram o namoro, mas o desfecho podia ser diferente, se ambos fossem maduros o suficiente para dialogar sobre suas fraquezas e imperfeições. Exigir respeito, aparar arestas.

Izabel amava Pedro. Tudo ia bem, quando ela descobriu que ele gostava de fazer pequenos furtos em lojas e supermercados. Izabel conversou com Pedro sobre o assunto. Pediu que ele se corrigisse, porque ela não aceitava esse tipo de comportamento desonesto. Falou da possibilidade de tratamento psicológico. No entanto, as pessoas nem sempre mudam porque nós queremos. Ele não compreendia o ponto de vista da namorada e questionava:

"- O que tem a ver isso com nosso amor? Eu te amo!"- ele afirmava, mas para Izabel era difícil aceitar o comportamento do namorado. Não conseguiria amá-lo mais se não tivesse admiração por ele. Ela rompeu o namoro. Pedro não mudou e, dificilmente, encontrará uma mulher como Izabel. A evolução espiritual de cada um é muito diferente.

Ela rompeu o compromisso, apesar de amá-lo muito. Mas seria muito difícil continuar a amar um homem de atitudes desonestas e suspeitas. Como poderia confiar nele? Como respeitá-lo? E ele não demonstrou nenhum desejo de mudança para melhor .

Um terapeuta disse assim : "Fale para mim , não de mim!"

Em vez de comentar com outras pessoas amigas sobre as falhas da pessoa amada, converse com ela. Aja como uma pessoa madura. Desabafe.

Olhe para suas falhas e procure modificá-las. Jamais tente forçar o outro a mudar.

Utilize seu dia como uma experiência de auto-aprimoramento. O amor é somente amor, mas pode não ser eterno! Por que? Ele precisa de outras ferramentas para se manter vivo.

Cito aqui, o comentário do Dr. Lair Ribeiro sobre a procura do amor. Ele citou o que sua esposa diz sobre o amor e o relacionamento numa entrevista no Programa de Ronnie Von- Todo Seu"

"Minha esposa comenta o seguinte. Quando quiser encontrar alguém olhe para os dez dedos da sua mão. Escolha 5 qualidades que acha imprescindível na pessoa. Os outros cinco dedos: os defeitos que não suportaria na pessoa amada. Quando encontrar essa pessoa, faça dá certo!"

Simples? Não, não é, mas é por aí mesmo.

O amor maduro precisa do cérebro, do coração e da intuição!

Em primeiro lugar, comece hoje mesmo a se aprimorar como ser humano.

Seja feliz!

Nomes fictícios

Texto baseado num artigo da psicóloga, consultora e jornalista, Rosana Braga no site:

www.somostodosum.com.br


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