quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Decisões importantes. Como tomá-las?

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Tomamos mais decisões por dia do que imaginamos.
- Levantar da cama agora ou apertar o “soneca”?
- Colocar a blusa branca ou a de manga curta?
- Espero o farol abrir ou passo rapidinho?
- Tomo café correndo ou conto com o bom transito de hoje?
- Peço aumento ou mostro minhas qualidades?
- Mudo de casa ou fico mais um pouco aqui?


Toda vez que nos deparamos com uma decisão esta será a mais importante naquele momento. É interessante como algumas pessoas simplesmente não entendem a carga emocional pesada que paira sobre uma pessoa que padece da dificuldade em tomar decisões quando está diante de dois vestidos em seu armário.

Fica muito fácil de entender, para qualquer pessoa, a dificuldade que seria decidir entre ficar em seu emprego atual com salário mínimo ou aceitar a proposta de mudança de estado e ganhar muitas vezes mais quando há um filho pequeno que não poderá acompanhar esta mudança. Mas quando se trata de um assunto no qual não sentimos empatia, como a dificuldade em escolher entre dois vestidos, achamos uma bela bobagem que o outro sofra por tão pouco.

O que eu estou querendo mostrar é que a dificuldade emocional em tomar decisões nem sempre está nas escolhas a serem feitas e sim nas condições de cada um para esta tarefa.

O que influencia a capacidade em tomar decisões

- Personalidade, algumas pessoas simplesmente nascem com mais facilidade em realizar escolhas.
- Treino, o quanto lhe foi oferecido de oportunidade em realizar escolhas durante seu processo de aprendizado.
- Criticas sofridas anteriormente, quanto mais criticas uma pessoa possa ter recebido pelas escolhas realizadas mais insegura esta pessoa será.

Técnicas para tomada de decisão

- Jogar uma moeda e não se importar com o resultado. Pode oferecer facilidade mas não garante boas decisões.
- Listar vantagens e desvantagens de cada opção. Pode dar certo mas alguns costumam fazer listas tão longas que impede a solução.
- Identificar porque tomar decisões é algo penoso para você. Analisar que acontecimentos possam ter deixado marcas a ponto de dificultar a tomada de decisão. Quais acontecimentos ocorreram, ou o que deveria ter ocorrido mas não foi possível, o fragilizaram de forma que cada decisão torna-se uma tortura. 7

Tomar decisão diz muito a respeito de cada um. Nossos  valores e prioridades são colocados a vista em cada decisão. Aquele que opta pela pizza ao invés de cozinhar para seus convidados demonstraria tanto senso pratico como desprezo pelos convidados – conforme o contexto total da situação.

Cada decisão tomada é uma exposição sobre quem você é. Talvez por isso seja tão difícil para algumas pessoas. A dificuldade em tomar decisão faz parte da timidez ou da fobia social em casos mais graves.

Uma das grandes questões quando falamos em tomar decisões é a indisponibilidade que algumas pessoas têm em assumir riscos. Decidir é sempre arriscar. Decidir consiste em ter forças para assumir que sua decisão pode não ser a melhor.

Decidir também implica em escolhas, em aceitar alguma desvantagem em prol de uma vantagem. Se você decidir morar próximo ao seu trabalho talvez fique  longe de parques e áreas verdes. Qual a melhor escolha: chegar rápido ao trabalho ou ter um parque ao lado de casa?

Decidir implica em aceitar que talvez não existam respostas certas, o que para um tem um valor maior, para outro será desprezado.

O medo de errar contribui para que cada decisão seja penosa. O medo de ser visto como alguém falho muitas vezes induz a pessoa a se tornar dependente emocional. Esta pessoa delegaria suas decisões aos outros, e mesmo que os resultados não sejam os melhores talvez haja alivio em não carregar a responsabilidade. Mas pergunto: Vale a pena?  Vale a pena ter uma vida escolhida e decidida pelos outros?

Aprender a tomar decisões é o mesmo que aprender quem você é e o que deseja para sua própria vida. Significa ter coragem de errar seus próprios erros do que apenas viver com o acerto dos outros.

A psicoterapia é um dos caminhos para você aprender sobre você mesmo e quem sabe conseguir tomar todas as decisões importantes por você. Mesmo que a decisão mais importante do dia seja escolher a cor da camisa.


Uma noite de sono mal dormida pode atrapalhar o processo de tomar decisões

Uma noite de sono mal dormida  pode reduzir a capacidade de concentração, a capacidade em identificar opções como também a capacidade de avaliação destas opções tão importantes nas tomadas de decisão.

Levando em conta a opinião de outras pessoas

As experiências alheias pode nos trazer muita informação sobre o que fazer ou sobre o que evitar. Devemos ouvir aqueles que percebemos que dão opinião baseada em experiências ou conhecimentos fundamentados e não no seu “achometro”. Mas devemos sempre considerar o momento no qual aquela pessoa viveu a experiência dele e quais eram as circunstancias, pois um pequeno detalhe pode mudar tudo.
Devemos também limpar a carga emocional da opinião alheia pois uma mãe, por exemplo,  pode carregar de muita emoção sua opinião e dar um foco distorcido da real importância em certas decisões. Uns podem ter tanta vontade que sua opinião seja acolhida que podem exagerar na importância dos fatos. Outros podem não ter tanta vontade em ajudar que diminuem a ênfase em questões que podem ser de muito peso.

Técnica da moeda

Podemos simplesmente jogar uma moeda e deixar o destino decidir. Nesta técnica eu quis mostrar que podemos decidir “sem decidir nada”, ou seja,  escolher aleatoriamente é uma forma de decidir mas uma forma irresponsável que só seria bem vindo caso as todas as opções de decisão fossem bem vindas, como por exemplo escolher entre um sorvete de morando ou de chocolate. Neste caso a pergunta deve ser feita em voz alta ou mentalmente oferecendo duas opções de cada vez e a moeda decidiria por uma delas.

Anotações mentais ou no papel

Anotar pode ajudar a não perder nenhum ponto importante quando o assunto for mais complexo. Em assuntos que compõem uma quantidade menor de dados a reflexão mental pode até ser melhor pois oferece melhor oportunidade de flexibilizar o pensamento.

Incapacidade de tomar decisões limita as oportunidades

Quando alguém não escolhe os elementos de sua própria vida há duas possibilidades:
1- Ele vai viver sob uma “roleta russa” – deixando acontecer o que o destino enviar. Mas quem não toma as rédeas de sua própria vida pode tornar-se vazia e talvez até ao ponto de cair em depressão.
2- Vai viver sob as decisões alheias. Os amigos e parentes determinarão por ele. Caso ele viva exclusivamente com pessoas com 100% de boas intenções, sem nenhum interesse em vantagem pessoal (desculpe mas acho impossível) como também com pessoas com 100% de boas decisões é possível que ele tenha alguma chance de uma vida razoável, mas ainda assim ele pode cari em depressão pois a capacidade de tomar decisões sobre elementos de sua vida é uma grande fator de satisfação pessoal.
A aprova de que a possibilidade de tomar decisões é muito benéfica para a saúde mental de todos nós está em um estudo realizado num asilo.
Neste asilo o índice de depressão era muito alto. Então um grupo de psicólogos propôs um experimento: em um andar deste edifico os idosos seriam responsáveis por várias escolhas: do cardápio, dos filmes a serem exibidos na semana e também cuidariam dos vasos de plantas de seu andar.
A principio os diretores ficaram céticos pois consideraram que dar atribuições a quem já não está bem poderia piorar o quadro, mas a surpresa foi grande quando perceberam uma melhora incrível no nível de depressão deste grupo que se tornou responsável pelas decisões de seu próprio dia a dia.

Timidez ou fobia social se relaciona com a dificuldade de tomar decisões

A mesma insegurança que solapa o tímido ou o fóbico social também o impede de tomar decisões. A insegurança é o fator que deixa a pessoa em duvida quanto a ser aceito ou não pelos outros, este mesmo fator influencia negativamente pois a duvida em não ser aceito contaminará as decisões desta pessoa.

Críticas bloqueiam a capacidade de tomar decisões

As criticas mais doloridas e que causam maior impacto sempre são as expressadas por pessoas significativas. Um motorista que expressou sua critica em uma passagem rápida no transito não deixará marcas significativas.


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