Há quem considere os ciúmes sinónimo de amor, mas há também quem os julgue uma verdadeira ameaça para a relação. Afinal, porque temos ciúmes de quem gostamos?
Imaginemos um casal de namorados: conheceram-se há relativamente pouco tempo, começaram a namorar, até parecem dar-se bem, mas de um momento para o outro eis que a relação começa a ficar deteriorada. Os ciúmes começam a ser uma constante, as desconfianças também, e os telefonemas e as perseguições parecem não ser suficientes para ter a certeza de que o outro lhe é fiel. Assim, e perante este cenário, o caso começa a ficar demasiadamente grave!
Será que é normal termos ciúmes de quem gostamos? Sim, é perfeitamente normal! Mas essa normalidade acontece apenas quando se verifica em situações esporádicas, sem consequências de maior, e automaticamente é esquecida. Se você falar do seu antigo namorado, com um sorriso de orelha a orelha, é normal que o seu companheiro actual não vá achar piada. Aqui surge a dúvida habitual ‘Será que ela ainda sente alguma coisa por ele?’.
Enquanto estas exposições de ciúme forem esporádicas e perfeitamente saudáveis, o ciúme pode mesmo vir a fortalecer a relação e ser um sinónimo que a outra pessoa realmente a deseja ter só para ele.
Não é por acaso que se costuma dizer ‘Onde há amor, há ciúme’ ou ‘Quando não há ciúme, não há amor!’ e, embora sendo expressões antiquíssimas, são reveladoras de uma realidade que as novas tecnologias e os tempos modernos não vão conseguir apagar jamais. O pior de tudo é quando o ciúme passa para uma esfera bem mais perigosa e degradante, e aí sim será aconselhável o apoio de um especialista. Aqui, o ciúme já atingiu o plano doentio!
Existem muitos ciumentos pelo mundo fora. Definem-se por serem pessoas inseguras, sempre desconfiadas da veracidade das palavras e actos do seu companheiro, que não têm pudor nenhum em vasculhar-lhe toda a sua vida: bisbilhotam o telemóvel, a carteira, a agenda, todos os recantos do carro e da casa, sempre em busca de alguma prova de traição.
Em muitas situações, chegam mesmo a preseguir o companheiro para se certificarem onde ele vai, fazem esperas à porta do trabalho, seguindo-o para onde quer que ele vá. Se em alguns casos há motivos para tamanhos actos de espionagem, em outras situações isto é apenas fruto da insegurança e de uma imaginação muito fértil por parte da pessoa ciumenta.
O ciúme pode ter origem em vários factores: uma exagerada insegurança, no entanto sem motivo aparente, uma infância isenta de amor e carinho, ter perdido muitas pessoas que amava no passado, situações de traição marcantes antes desta relação, ou mesmo um amor doentio. Todavia, o ciúme pode também ser proveniente de uma doença de cariz psicológico que até à data não tenha sido ainda manifestada. Logo, a visita a um especialista desta área é muito importante para compreender as suas atitudes obsessivas.
Perante tamanho cenário de dúvida e desconfiança é normal que a relação venha a ser afectada. O entendimento entre as duas pessoas começa a ser algo impossível, e o relacionamento acaba por viver um clima de discussão e angústia. Para a pessoa ciumenta a vida é um misto de desconfiança e insegurança, mas a vítima de ciúmes também não é uma pessoa feliz.
Sentindo-se aprisionada e sem conseguir ter o seu próprio espaço, é normal que a vítima destes ciúmes tente terminar com a relação, mas esta, acredite, vai ser uma tarefa bem difícil. Esta atitude fará com que o outro fique ainda mais fragilizado e entre numa depressão profunda. Por isso, encaminhar a pessoa ciumenta para um tratamento é imperial!
É preciso medir os ciúmes que sente! Ainda que seja perfeitamente normal sentir ciúmes, quando os mesmos não são em excesso, a partir de uma certa altura essas crises de ciúme e insegurança vão acabar por destruir o seu relacionamento. Aliás, coloque-se no lugar da pessoa e veja o quanto não será difícil estar sempre a duvidar de tudo o que ela diz e faz! Recorrer a um especialista deve ser feito quanto antes, isto se começar a fazer aquilo que descrevemos no início deste artigo. Se gosta realmente dessa pessoa tem que confiar mais, e deixar de imaginar coisas que não existem!
Acredite que o ciúme pode ser o inimigo número um da sua relação! Não deixe, por isso, que a seta do cupido se dirija em sentido contrário!
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