domingo, 5 de fevereiro de 2012

Você está querendo ter um filho? Então leia este texto.

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Que motivação tem levado um homem ou uma mulher a assumir mais um papel na vida? O de ser pai ou mãe, por exemplo.
Escuto com cada vez mais freqüência homens e mulheres dizendo da vontade de ter filho para não ficarem sós e terem quem cuide deles na velhice.
Porém na contramão temos também homens e mulheres que se dizem não prontos ou com vontade de assumir mais um papel na arte de viver. E ainda os que por questões de saúde não podem gerar o filho biológico.
Sem contar aqueles que desejam tanto um filho que fazem tudo para poder exercer esse papel com responsabilidade. Adotar também é um ato de assumir um novo membro na família.
Mas o que me gera preocupação, são os que dão peso para o filho carregar até antes dele nascer e decidir os rumos da própria vida. Como citei acima, dizer que o filho deverá ser responsável pela minha não solidão e pela minhas condições e qualidade no final de minha vida?
Estarei eu, antes até da criança nascer, podando suas projeções de futuro e de sonhar por essa responsabilidade que lhe dei ao ser gerado? Sim, pois esse filho não poderá estudar fora, nem casar e ter sua vida própria ou se quiser, terá que me levar nas costas para onde for.
Filho nem nasceu, mas já existe um débito para com os pais para ser cobrado no futuro pelas noites em claro, pelos remédios comprados, pelos estudos pagos, pelas farras, pelas vezes que se foi levar e buscar, pela casa, comida e roupa lavada.
E o discurso já está pronto... Como pode um filho depois de tudo que eu fiz por ele, me abandonar? Como pode morar em outro país e não pensar na distancia caso eu precise dele? Por que ele não se importa com minha solidão?
E longe de mim estar aqui dizendo que os filhos não cuidem dos pais, e os abandone. Estou dizendo algo BEM diferente. Falo de escolhas pessoais, de sonhos, projetos, planos de vida. O receio da solidão na terceira idade, faz com que as pessoas também tomem decisões, como se casarem, procurar uma pessoa para se relacionar pensando em quem vai cuidar quando não tiver condições.
As pessoas precisam aprender a construir suas vidas pensando TAMBÉM na qualidade de vida que desejam ter quando alcançar a terceira idade. É necessário pensar onde desejar estar, como quer viver. Até porque o filho pode não dar a qualidade de vida que o pai ou mãe desejam por não ter construído uma vida estável. Teremos então uma preocupação dobrada, pela minha própria falta de condição de vida com qualidade e do meu filho gerado com tantas espectativas.
Qual o risco que um pai ou mãe vai correr de ser abandonado num asilo, por exemplo, se eles mesmos planejarem o próprio futuro?
Como será passar o tempo esperando pela visita de um(a) filho(a)?
Então quando você decidir ser pai ou mãe, reflita melhor nos motivos que lhe trazem esse desejo. E não se engane dizendo que não vai esperar nada em troca. Pois se no futuro não vier, não deverá haver frustração. Amor incondicional é dar sem esperar. Se vier será lucro ou diria melhor, espontâneo! E é muito melhor ganhar na espontaneidade do que precisar cobrar.
Pode ser dificil exercer o papel de responsabilidade de educar e criar uma criança. Mas será muito mais dificil não estar pronto para a propria vida quando não tiver mais filhos para educar, netos para visitar, e mais nenhuma função para exercer.
Querer ter filhos sim, mas aprender também a dar vida pessoal para a criança e para si mesmo. Saber ir construindo sempre novas oportunidades de viver a vida, independente da idade que estivermos. Viver a propria vida e não me projetar nos que gerei, criei e eduquei. Percebendo isso, terei conseguido querer ter um filho com amor incondicional.

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