terça-feira, 17 de abril de 2012

Nada na vida é somente bom ou somente ruim

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Parece que aprendemos a dividir o mundo, as pessoas, as situações e principalmente os sentimentos em dois grupos: bom ou ruim. Ou ainda: certo ou errado! E no que se refere aos que sentem amor, muitas vezes nos comportamos como se existissem dois grupos: o dos felizes comprometidos e o dos tristes disponíveis. Ou ainda: o dos infelizes casados e o dos sortudos solteiros.

Em primeiro lugar, seria ideal que passássemos a entender, de uma vez por todas, que esses são conceitos absolutamente limitantes e que servem apenas para definir dois extremos. No entanto, a vida acontece exatamente entre um extremo e outro. Ou seja, entre o bom e o ruim, ou entre o certo e o errado é que estamos todos nós e tudo o que vivemos.

Ninguém é totalmente bom ou ruim e certo ou errado. Mas somos, sim, bons e ruins e certos e errados. Há uma enorme e incrível diferença entre o ou e o e. Um supõe apenas uma possibilidade e o outro supõe que somos todas as possibilidades. É isso: somos todas as possibilidades, sempre!

Tudo isso para tentarmos entender que amar é uma possibilidade. Mas não-amar também é uma possibilidade. Na mesma medida, viver ao lado de alguém a quem amamos é muito bom; mas é também muito ruim. Assim como vivermos sozinhos também é muito bom; mas também é muito ruim!
Seria ótimo se as circunstâncias da vida fossem absolutas, se se encaixassem em respostas absolutas. Mas é justamente na flexibilidade e na relatividade que está a oportunidade da evolução, do discernimento, da percepção que nos torna seres exclusivos e complementares. É justamente no privilégio da escolha que está a verdadeira possibilidade de sermos felizes.

Mas ainda assim, jamais nos agregaremos a um ou outro extremo. E isso significa que não importa qual seja a nossa escolha, ela sempre nos remeterá ao bom e ao ruim; ao certo e ao errado. Cada instante de nossa efêmera existência exige uma nova atitude, que pode nos levar ao amor ou à raiva, à felicidade ou à dor; à evolução ou à regressão.
Percebo que muitas pessoas deixam de amar, de se entregar ou de viver intensamente uma relação porque não conseguem enxergar nenhuma outra possibilidade além do difícil aprendizado que essa escolha significa. É verdade que amar nos faz entrar em contato com sentimentos pouco desejados.
Mas quem disse que não amar nos redime de experiências como essas? E a solidão? E a sensação de vazio? E a necessidade insatisfeita de compartilhar momentos importantes, sejam eles bons ou não?

Por outro lado, há certamente um ganho muito grande nas relações profundas e verdadeiras. A possibilidade de experimentar uma felicidade suprema e extasiante. Assim como ao estarmos sós também podemos vivenciar situações muito gratificantes, de encontros genuínos com a gente mesmo, curtindo nossa própria companhia e tendo de corresponder somente às nossas próprias expectativas.

No final das contas, o mais importante é nos conhecermos de verdade. É sabermos quais são nossos reais valores e o que estamos buscando. Creio que o objetivo maior seja o de evoluir. Cada qual pelo seu caminho, ao seu modo, com seus próprios recursos.
Uma vez sabido isso, a escolha será satisfatória, ainda que nunca nos prive de experimentar repetidas vezes o doce e o amargo sabor da vida... isso sem falarmos do azedo, do salgado e, sobretudo, do paladar e da preferência de cada um de nós!

Ame ou não ame. Seja casado ou seja solteiro. Seja raso ou seja profundo. Mas seja, sempre, acima de qualquer circunstância, você mesmo, por você mesmo. E assim, tenha a certeza de que será feliz!




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