segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Esqueça o ex: livro irônico e divertido para curtir a fossa depois de levar um fora

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  Divulgação


Levar um fora nunca é fácil. Mas há quem consiga tirar proveito do sofrimento. E foi isso o que fizeram três amigas, Annabel Griffiths, Alison Lawrence e Mary Francis Moore, no livro "Bittergirls – Esqueça o ex e dê a volta por cima" (Ed. Record/Best Seller). Quando recebi um exemplar aqui na redação, achei que fosse mais um daqueles guias de auto-ajuda que nunca ajudam realmente. Mas levei para casa e resolvi dar uma olhada com mais atenção. Descobri um livro irônico, divertido e sem grandes pretensões – o que o torna muito menos um sermão por escrito e muito mais uma distração gostosa até para quem está na fossa.
Surgiu das conversas das três atrizes, escritoras e diretoras (que se auto-intitularam bittergirls, meninas amargas, na tradução literal), que, desde 1999, se reuniam uma vez por semana para dividir suas histórias e analisar os perfis de seus ex-namorados. Elas resolveram transformar aquelas conversas e foras acumulados (57 ao todo) numa peça de teatro e, com o sucesso da montagem – apresentada em Toronto, Londres e Nova York – em livro. Separei para postar aqui de forma bem reduzida a classificação delas (ou do Instituto de Pesquisas Avançadas em Relações Desafetivas, conforme o livro) dos mais clássicos perfis de bittergirls (não tem como não se identificar com algum deles). O livro tem também a classificação deles (o covarde, o desaparecido, o guarda florestal, o mago...), propostas de atividades para ajudar a dar a volta por cima, listas de filmes e músicas, o que não pode faltar na dispensa e, claro, as histórias engraçadíssimas dos foras em si.

As bittergirls

A PARALÍTICA: Assim que ele saiu, ela foi direto se meter sob as cobertas e mal parou para agarrar de passagem uma caixa de minibarras de chocolate. Desligou-se completamente do mundo. (...) As cortinas estão fechadas. Por mais que se esforce, não consegue sair da cama. Não quer atender aos telefonemas. Nas três últimas semanas, ligou para o emprego dizendo que estava doente. Eles estão começando a achar que você está com alguma doença crônica. Você disse que sim, que essa doença se chama dor de cotovelo.

A PESQUISADORA: Você está procurando ajuda, procurando respostas, procurando algo para acalmar sua ferida. Ele não deu a resposta quando você perguntou porquê; então você está em missão para encontrar algo, o que for, que lhe ajude a entender o que aconteceu. Você tentou ioga, meditação, chi gong e tai chi. Fez retiro de silêncio, mas só tinha vontade de gritar. Passou por doze religiões numa semana. (...) Consultou um tarólogo e passou por uma leitura das mãos, um estudo da aura, um realinhamento de chacras.

A SUPERBITTERGIRL: Você é a super-heroína dos namoros acabados. Ninguém jamais vê sua fragilidade. No minuto em que ele pronuncia as palavras “O problema não é você, sou eu”, você suspende a ponte levadiça e ninguém consegue chegar perto de seu castelo. Não haverá lágrimas nem tentativas patéticas de fazê-lo voltar, nenhuma perda de dignidade a qualquer custo. (...) Poucos dias depois de levar um pé na bunda você consegue conquistar a conta de um cliente importante, ganhar três processos seguidos e realizar cirurgias nunca vistas. Decorou de novo a casa, organizou o armário do corredor, trocou os azulejos do banheiro, limpou o entulho das gavetas.

A MODERADA: Também conhecida como “o capacho”. A Moderada é a prima em primeiro grau da Superbittergirl. Você não está em velocidade desenfreada e, de fato, ao vê-la, a maioria das pessoas comenta “Puxa, como você está lidando bem com tudo isso, como você é moderada!”. Não aceita que falem mal dele: ele está passando por um período difícil, ele não sabe o que quer, ele só precisa entender certos aspectos. Não é que está buscando um jeito de desculpá-lo, provavelmente você está sendo sincera. (...) Em vez de ficar zangada com a forma como isso tudo destruiu seu mundo você é apenas infinitamente, insuportavelmente moderada.

A CHORONA: Desde o momento em que deram o fora em você, e foi provavelmente um fora em público, você não tem conseguido segurar a enxurrada. Você chora ao ver um casal trocar beijos. Abre o berreiro ao ouvir uma música na sala de espera do consultório do quiroprático. Fica soluçando na praça de alimentação quando lhe servem arroz grudento em vez de seus bolinhos prediletos. Quando a loja não tem os escarpins no seu tamanho. Quando vê a primeira estrela do crepúsculo. Quando assiste Bambi.

MÁRTIR SUPEROCUPADA: Monta uma agenda lotadíssima de compromissos desde a hora em que acorda até o minuto em que vai dormir. Não tem tempo para sentir emoções, precisa chegar cedo na reunião. A Superocupada não está na mesma missão de super-heroína da Superbittergirl. A missão da Superocupada é altruísta. Ela precisa ter certeza de que ninguém a seu redor está sofrendo as conseqüências funestas de sua separação. As bittergirls detestam generalizar, mas a Superocupada geralmente é mãe.

A ZANGADA: No momento em que ele terminou com você, uma bola de raiva surgiu em seu lugar. Grrr!, você está com raiva do mundo. Você se levanta e, de punho cerrado, ameaça a tudo e a todos. (...) cada vez em que pensa nele, atiça o fogo em sua fúria. Mas por não poder vingar-se, você desconta no guarda da esquina, no seu assistente, no contador, no seu pai. Deixa mensagens furiosas na secretária eletrônica dele, ameaçando sabotar sua vida. Encomenda amostras grátis de fraldas para serem entregues no escritório dele.

A ESCAPISTA: Ele terminou com você ontem e hoje você já foi embora da cidade. Aceitou um trabalho como voluntária para levar suprimentos a um país de terceiro mundo. Empolgou-se com a possibilidade de trabalhar numa linha marítima que faz viagens pelo oceano Pacífico. Mergulhou numa nova vida como se fosse a vida que estava destinada o tempo todo. E ele? Ele quem? Você faz novos amigos, cria novos passatempos, mergulha nesse novo ambiente, apagando convenientemente todas as conexões que tinha com ele.
A PROMÍSCUA: Ele terminou com você numa mesa de restaurante ou num banco no parque ou na nova espreguiçadeira que comprou para o dia dos namorados do ano passado e dentro de cinco minutos (ou talvez dentro de um dia ou dois) você está na mesma mesa, no mesmo banco ou na mesma espreguiçadeira com Jaques, o garçom gostoso, fazendo caras e bocas e dando uns amassos.

A COMPULSIVA: Do jeito que for, ao preço que for, você está decidia a preencher o vazio deixado por ele. Seu apetite é insaciável. Você come e come e come. Tudo tem um sabor tão bom e você encontra um imenso conforto na emoção das papilas gustativas. Não consegue se deter numa taça de vinho: antes de perceber já terminou a garrafa e está chegando à terceira. (...) Fazer compras é uma poção mágica. Cada vez que você faz uma aquisição, o tilintar da caixa registradora libera endorfina em seu corpo.

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