segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Por que os homens pagam por sexo? Feminista inglesa entrevista 700 homens para tentar descobrir

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Editora Globo

“Não ganho nada ao fazer sexo com prostitutas, a não ser sentir-me mal”. 

“Eu gostaria que a prostituta fingisse ser minha namorada ou até um sexo casual, mas algo que não envolvesse dinheiro, que parecesse um negócio.” 

“É apenas um ato, sem sentimento. Esteja preparado para aceitar isso ou não procure uma. A prostituta não é sua mulher ou sua namorada.” 

“Algumas vezes você sente que poderia estuprar alguém, então é melhor procurar uma prostituta.” 

As frases acima foram retiradas de uma série de entrevistas feita pela jornalista e ativista britânica Julie Bindel para uma ampla pesquisa que visa responder uma única questão: por que os homens pagam por sexo?

Julie, que pertence à ONG Eaves, cujos trabalhos têm como foco eliminar todo tipo de violência contra a mulher, e outras feministas conversaram com 700 homens de seis países diferentes e estão na fase de compilação e análise dos dados. Mas na matéria que ela publicou na semana passada no jornal inglês The Guardian a única conclusão à que se chegava é que não existe uma razão comum e compreensível –já que os homens são, na maioria das vezes, contraditórios em suas explicações. 

Segundo Julie, como a idéia era não cair num estereótipo óbvio de homens que buscam prostitutas, elas selecionaram os entrevistados da maneira mais abrangente possível: com idades entre 18 e 70 anos, brancos, negros, asiáticos, europeus, a maioria com empregos fixos e muitos educados em colégios tradicionais. A maioria, segundo ela, era de homens bem apresentáveis, educados, casados ou comprometidos. “O surpreendente é que apesar afirmarem se sentir insatisfeitos, vazios, envergonhados e até arrependidos, eles continuam a procurar prostitutas”, diz Julie. Existem também os que procuram por não conseguir criar relacionamentos ou relações afetivas em suas vidas. E esses, via-se pelas respostas, são os que acabam “fazendo de conta” que a mulher contratada é uma namorada. 

Mais da metade dos entrevistados por ela afirmou também que a primeira vez que estiveram com uma prostituta foi antes dos 21 anos. “Disseram ter sido levados pelo pai ou pelo irmão mais velho a um bordel. Ou porque ainda eram virgens ou porque queriam ter certeza de que não eram gays.” 

Mas o mais impressionante, para Julie (e para mim, ao ler a matéria dela), foi ouvir de muitos deles que os homens que precisam pagar por sexo ou acabariam estuprando. “Um homem desesperado por sexo precisa se aliviar. Senão ele é capaz de cometer um estupro”, foi uma das respostas que era ouviu. 

É assustador.


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