quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Plástica íntima: veja os casos em que é realmente necessária

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A plástica íntima (ou plástica vaginal) estampou manchetes esdrúxulas quando uma subcelebridade assumiu que faria a restauração do hímen. Mas esse é, na verdade, um dos motivos menos comuns entre aquelas que procuram o procedimento. 

O "design de vagina" é uma cirurgia cujo objetivo médico é melhorar o desempenho sexual da paciente - nos casos em que o excesso na área genital atrapalha na hora do sexo - e, nos casos estéticos, é procurado por quem quer melhorar o aspecto daquela região.

Os principais tipos de procedimentos são dois. O primeiro deles é o rejuvenescimento vaginal. Com ele, é possível estreitar as paredes do órgão. Os músculos da vagina ficam mais apertados, assim como o canal vaginal e a abertura da genitália. Como a satisfação está diretamente ligada à fricção local, o procedimento, consequentemente, aumenta a satisfação sexual. 

Segundo especialista, fisioterapia vaginal e pompoarismo pouco ajudam
O rejuvenescimento vaginal é muito procurado depois da gravidez, especialmente no caso de mães que deram à luz por parto normal. "Quando a mulher tem filho, algumas vezes acontece a ruptura dos músculos, o que leva a uma flacidez e ao alargamento excessivo da vagina." Quem explica é o Dr. Fabio Leal Laignier Borges, presidente da Comissão Nacional Especializada em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Segundo ele, fisioterapia vaginal e o chamado pompoarismo não ajudam nos casos de ruptura do músculo: "Só ajudam nos casos de flacidez dos músculos da região. Mas quando há ruptura, só a cirurgia".



Como qualquer cirurgia, a plástica íntima tem seus poréns: "É uma cirurgia bem dolorosa, porque é um local onde tem circulação terminal. Operar o meio de um órgão é uma coisa, no final, é muito diferente. A chance de dar edema é muito maior. E, quando incha - o que geralmente acontece - é bem doloroso", alerta Dr. Fabio. Apesar disso, algumas mulheres seguem adiante com a ideia da intervenção para melhorar a aparência da vagina, através da laboplastia vaginal. É esse o segundo principal e mais procurado procedimento em clínicas especializadas. 

Existem mais de dez técnicas para a cirurgia. Uma delas, a mais primária para a redução dos lábios internos da vagina, é amputar ou remover toda a  borda dos lábios. Mas a técnica adaptada, mais usada nos dias de hoje, é a mesma usada para remover câncer na orelha, que não altera a forma dela: "Retira-se o excesso com um corte em V e junta-se as duas pontas. Assim, mantém a cor e a textura na borda, sem amputação. É só uma emenda", explica o cirurgião plástico Gary Alter, de Los Angeles.
 
Assista a um trecho do documentário "Plástica íntima" e entenda porquê as mulheres procuram esse procedimento:


"Todas as mulheres nascem com pequenos e grandes lábios proporcionais. O que acontece é que, em alguns casos, os pequenos lábios hipertrofiam", explica Dr. Fábio. "Nesses  casos, a relação sexual pode ficar fortemente prejudicada, porque os lábios maiores ficam presos dentro da vagina, machucando a mulher. Em outros casos, os lábios são puxados, no ato da penetração", continua. 

Casos de deformidade devem ter atenção especial
Segundo relato do Dr. Fabio, existem casos bem mais sérios que justificam a realização da cirurgia íntima. Há pouco, ele operou uma mulher de 52 anos cujo hímen era tão rígido que nunca fora rompido. "A relação sexual acontecia pela uretra - o que prejudicou aquele órgão - e ela nunca se deu conta. Ela não conseguia menstruar - porque o sangue não tinha saída e acabava sendo absorvido pelo corpo - e nunca conseguiu engravidar", explica o especialista, assustado com a falta de diagnóstico para aquela senhora, até essa idade. 

"Tem mulheres que nascem com o hímen totalmente lacrado e é preciso dar um corte para abrí-lo", alerta. O médico conta que a cirurgia de reconstrução do hímen é uma grande bobagem: "Porque vai ficar muito mais rígido do que o natural e vai doer mais do que a primeira transa para rompê-lo", esclarece.

O documentário "Plástica íntima" fala abertamente sobre o tema, com explicações de especialistas e depoimentos de pacientes.

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