quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Quadrinhos eróticos: saiba a história e conheça alguns importantes artistas

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Apesar da pornografia disponível online, as pessoas ainda leem quadrinhos eróticos. O que os apreciadores desse tipo de 'literatura' dizem é que imagens desenhadas não são limitadas como fotos de pessoas. Também afirmam que a mulher mais linda, se for filmada, será menos excitante do que uma personagem inventada, que não existe.

O fato é que os quadrinhos eróticos estão no mercado desde os anos 30, quando os primeiros foram batizados de "Tijuana Bibles". Eram uma distração em tempos difíceis, logo após a crise de 29, aquela depressão econômica que explodiu nos Estados Unidos e abalou o mundo inteiro. Por outro lado, antes da internet, era complicado encontrar entretenimento sexual. As revistas eram uma das poucas maneiras de ver sexo.

No entanto, ainda hoje, eles são consumidos. No Japão, por exemplo, são vendidos mais de 250 mil mangás eróticos por dia. Selecionamos quatro importantes artistas, conhecidos mundialmente por suas histórias eróticas em quadrinhos, e contamos o que inspira o americano Robert Crumb, o italiano Milo Manara, o japonês Suehiro Maruo e a francesa Aude Picault, na hora de criar.
  • 1
    Robert Crumb
    Ele é um dos fundadores do movimento dos quadrinhos alternativos nos Estados Unidos. Seus personagens não têm frescura: a maioria de suas 'heroínas' beiram à obesidade e andam descabeladas pelas ruas. "Meu padrão de beleza pessoal para mulheres é muito particular. Sou obcecado por esse tipo de corpo feminino desde a puberdade", explica o próprio. Aos 69 anos, ele conta porque gosta tanto de desenhar quadrinhos eróticos: "São fantasias de masturbação para mim. Fico excitado desenhando isso", explica Crumb, que conta com a contribuição de sua mulher, Aline Kominsky, com quem já produziu quadrinhos autobiográficos para a revista The New Yorker.

    Foto: Reprodução
  • 2
    Milo Manara
    Na Itália tem artistas repeitados como Serpieri, Baldazzini e Guido Crepax. Mas é Manara quem lidera esse ranking, com milhões de revistas vendidas e traduzida para mais de 20 idiomas. As 'heroínas' de Manara são deusas. "Me inspiro no Renascimento Italiano, em Botticelli e Raphael. E até no período clássico grego, com Praxiteles. O modelo são as imagens divinas, como Afrodite e Vênus. É uma deusa e não uma figura humana. Não podemos encontrar na rua. É uma representação mítica da beleza e da sedução", explica o mestre Manolo sobre a sua obra.

    Foto: Reprodução
  • 3
    Suehiro Maruo
    Maruo é perturbador. O artista japonês mistura erotismo macabro e grotesco em suas obras, onde caveiras, monstros sangrentos e zumbis sempre têm a chance de encontrar uma donzela: "Minha tendência são expressões cruéis e grotescas. Eu diria que crueldade não é minha única fonte de inspiração, é apenas uma das minhas fantasias. O prazer e a dor são temas que me fascinam", explica ele. "Quando vemos um ser humano como um animal ou como uma máquina, acho que há certo erotismo nisso", justifica.

    Foto: Reprodução
  • 4
    Aude Picault
    Conhecida pela obra autobiográfica, a mulher dos quadrinhos de Aude Picault é quase o seu próprio retrato: "Eu queria evitar os clichês que me incomodavam quando eu lia pornô. Eu não me projetava ali, porque não pareciam comigo. Faço algo com que me identifique. Uma mulher com um corpo sem exageros", explica a artista. "Minha 'heroína' tem uma libido que preenche todo seu imaginário. Quando estamos obcecados por alguém, qualquer contato físico nos deixa à flor da pele. Tento descrever essas sensações", conta sobre seu trabalho.


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