segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Síndrome do coração partido: parece um ataque cardíaco, mas é dor de amor

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Kristy White

Outro dia, ao visitar uma amiga, notei que a filha dela, adolescente, estava bem diferente. Geralmente doce e falante, a menina estava apática, agressiva. A mãe disse: “é a primeira decepção amorosa, o primeiro coração partido”. A menina, claro, entendeu o comentário como desdém e caiu em prantos dizendo que não era uma bobeira qualquer, que a mãe não entendia, mas ela aquele garoto era o amor da vida dela, que ela sentia que sem ele ia morrer. 

Claro, nessa idade tudo é muito intenso, tanto as alegrias quanto as tristezas. Eu mesma me lembro de ter sentido essa sensação de “meu mundo acabou” algumas vezes. E não só na adolescência. É evidente que amadurecemos emocionalmente, mas o sofrimento de um coração partido é duro em qualquer idade – a diferença talvez seja o tamanho do drama que fazemos em torno disso. Depois de uma, duas, três decepções a gente aprende que consegue, sim, viver sem aquela pessoa. Que existe, sim, muita gente interessante no mundo que pode gostar de você. Enfim, calejando é que a gente vai aprendendo que nós somos responsáveis pela nossa felicidade e que não adianta buscar isso no outro. E aí, quando isso fica mais claro (sem querer desanimar as leitoras mais novas, mas em geral isso acontece lá pelos 30, um pouco mais, um pouco menos), a gente encontra aquele alguém que entra na nossa vida para agregar felicidade, não como único provedor de nossas alegrias e conquistas. 

Bem, toda essa introdução foi para dizer que saiu recentemente uma matéria no The Wall Street Journal em que especialistas reconhecem que existe, sim, o coração partido. E isso é mais uma prova da forte conexão entre nossa mente e nosso corpo. Batizada pelos médicos de “síndrome do coração partido”, a condição é mais comum após a morte do amado (ou amada), mas pode se manifestar também depois de um rompimento traumático da relação. “Há quem sinta pontadas no coração semelhantes às de um ataque cardíaco, mas, aparentemente, não tem nenhuma relação com as artérias coronárias”, dizia a matéria. “A diferença é que o sintoma está relacionado com um forte trauma emocional ou físico que libera uma quantidade exagerada de adrenalina que sobrecarrega o coração, não com uma artéria entupida. O efeito disso é que o ventrículo esquerdo, uma das principais bombas do coração, acaba semi paralisado, o que compromete sua função de bombear o sangue.” Chega a dar medo! Mas, em princípio, (ou em condições “normais”) não é nada que possa matar, não se preocupem. “É como uma concussão, uma sacudida no coração.” Hum... nada de usar essa informação para intensificar a choradeira, hein, mulheres. Volta por cima que o mundo está cheio de gente bacana. 

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