sábado, 15 de junho de 2013

Abaixo O Amor de Migalhas – Porque O Primeiro Amor É O Amor-Próprio

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Você se atira ao mundo das migalhas como se comer de partes em partes pudesse te alimentar. Desconsidera o bolor que vai tomando conta do pão, o desinteresse de quem alimenta e só o faz pra mantê-lo vivo e vai se esquecendo cada vez mais de você mesmo enquanto é claramente débil o seu estado físico e emocional. A mendicância de amor já é o seu estado natural: largado numa rua, coberto por trapos sentimentais que são tão frágeis quanto o amor que recebe. E o pior é que a condição é totalmente voluntário. Então porque você (e muita gente) ainda se sujeita a isso? Porque se esquece que “a gente aceita o amor que acha que merece”, como já bem dizia o menino Charlie.
Seria pretensioso demais da minha parte querer definir umas boas regras ou elaborar a construção do funcionamento do amor, mas sempre me foi claro que amor é um sistema de trocas voluntárias. Ninguém ama sozinho, ninguém é amado sozinho. A falta de reciprocidade, pra mim, sempre configurou qualquer tipo de relação, menos a que a gente chama de amor. Amor é construção e ainda tem gente que se contenta com uns tijolinhos esquecidos na calçada pra montar um barraco e achar que tá protegido. Engano nosso. Ao primeiro sinal de tempestade a casa cai.
Aqui a gente dispensa os livros de autoajuda e a explicação psicológica do fenômeno, mas tudo se resume em: cacete, por que você não olha no espelho e percebe que você é um ser humano que tem as suas qualidades e os seus defeitos e que ninguém pode te desmerecer por isso? Você não precisa mudar seus modos, se matar numa academia, alterar e condicionar seu padrão de vida por causa de uma única pessoa que nem gosta de você. E aqui a gente encontra muitas vertentes da mendicância amorosa: tem a amiga do “eu não vou achar coisa melhor”, tem o amigo do “ela é demais pra mim e eu tenho que justificar o porquê dela estar comigo”, aquela prima do “eu preciso de companhia pra ser feliz” e por aí vai.
Não vejo sentido em correr atrás de alguém e insistir em estar com uma pessoa que claramente não se encantou por você. Tudo bem , existe a premissa da conquista e tudo mais. Mas se você já tentou isso, qual é o sentido de sofrer por rejeição? O mundo tem 8 bilhões de pessoas e uns quebrados por aí. Não é possível que a pessoa da sua vida seja justamente quem não quer nada com você.
Por isso, peço à “Geração da Falta de Amor Próprio” que entenda alguns pontos. Não vale a pena implorar pelo amor de alguém se esse amor não é seu. Não é e pronto. Nada que você faça vai fazer com que seja. Viver de migalhas é uma condição sub-humana de vida. Mendigos não seriam mendigos se eles pudessem. Tente pensar dessa forma. Gostar da própria companhia e encontrar valor nela não precisa ser aquele clichê eterno de nunca dar o braço a torcer e dizer que ama a solteirice e espalhar isso pelas redes sociais. Você pode admitir que está carente, que sente falta de alguém, que seria legal ter alguém do lado, mas nunca é bom fazer de alguém o seu porto seguro. “Nenhuma pessoa é lugar de repouso”. Você vai sempre precisar mais de você pra ser feliz do que de qualquer outro ser humano que encontre por aí. Dito isso, considere celebrar a sua alegria consigo mesmo. Vale a pena brindar sozinho e beber uma boa taça de vinho, mas inteira, cheia até a borda. Você vai acabar entendendo a diferença entre amor de verdade e uma ideia de amor servido em conta-gotas.

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