quinta-feira, 27 de junho de 2013

É possível resistir à traição? Livro diz que não!

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Racionalmente, sim. Quimicamente, não. Tudo isso porque o amor é um vício causado por receptores químicos do nosso cérebro. É o que afirma um neurocientista americano especializado em pesquisar relacionamentos.


TRAIÇÃO É INEVITÁVEL? SE DEPENDER DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DO NOSSO CÉREBRO, SIM! (Foto: Shutterstock)

Você encontra uma pessoa interessante. A paixão acontece de imediato e, o primeiro pensamento dos dois é construir um relacionamento juntos. Mesmo sabendo que a chance de dar certo é grande, o medo da traição – sua e dele – ronda a relação? Saiba que esse receio não é totalmente infundado. Para o neurocientista americano Larry Young, do Centro de Neurociência Transnacional Social, da Universidade de Atlanta, nos Estados Unidos, a traição é justificada uma vez que o amor é um vício dos seres humanos.

Young pesquisa o amor, o sexo e a ciência da atração há anos. Autor do livro “A química entre nós”, em parceria com o jornalista Brian Alexander, que chegou ao Brasil no começo do ano, ele tenta responder a perguntas básicas sobre o assunto, como quando o amor começa e como uma pessoa que diz amar outra pode, mesmo assim, ser infiel. Tudo está relacionado com... o instinto animal. No livro, os autores contam histórias reais e relatam pesquisas realizadas por todo o mundo. 
CAPA DO LIVRO "A QUÍMICA ENTRE NÓS" (Foto: Reprodução)
Entrevista dos autores, eles dizem:

A natureza e a educação desempenham um papel fundamental. Se uma pessoa cresce em uma família onde é comum as pessoas se enganarem, ela estará mais propensa a pensar que esse comportamento é socialmente aceitável. No entanto, há evidências de que, mesmo que as pessoas tenham esse tipo de experiência, algumas podem ser mais propensas a trair por causa de determinados genes. Alguns deles codificam os receptores de dopamina e levam as pessoas a se mostrarem mais extrovertidas, sociáveis, corajosas e procurarem comportamentos de risco, aumentando a tendência à infidelidade sexual.
 Todos os tipos de pessoas podem trair, mas aquelas que têm genes que as estimulem a buscar uma dose extra de dopamina no corpo, que é responsável por gerar uma busca por novidades e por assumir riscos, estão mais sujeitas a trair.
A traição não é socialmente aceita e estamos constantemente em conflito com duas partes de nosso cérebro. Nosso córtex racional nos diz que não devemos trair porque isso pode arruinar as nossas vidas e a de nossa família. Já nosso hipotálamo e os centros de recompensa nos dizem "uau, não seria ótimo fazer sexo com ela / ele." É uma batalha constante que enfrentamos.
As pessoas diziam para mim que estavam "apaixonadas" por duas pessoas. O que eles sentem é um tipo mais profundo de amor por uma das pessoas ou simplesmente "luxúria" pelas duas. Parte do problema é como definir o amor. Se ele significa um sentimento profundo emocional (e não sexual) e uma relação monogâmica com outra pessoa, não acho que você possa amar duas pessoas ao mesmo tempo. Quando estamos verdadeiramente ligados a uma pessoa, não há espaço para o mesmo tipo de sentimento por outra. Uma vez que o vínculo é formado, nosso cérebro resiste em formar uma segunda ligação igualmente poderosa.
Alguns especialistas sugerem que o casamento tradicional vai morrer. Não acho que isso é verdade, mas acho que, como um dos especialistas cita no livro, existirão novas escolhas que poderemos fazer sobre o que molda nossas relações. Uns vão escolher relacionamentos "abertos", outros "monogamia em série", e alguns vão optar o casamento tradicional. Não importa o que façamos, acho que a infidelidade sempre vai existir. As pessoas tendem a querer as duas coisas: amor e união com uma pessoa, mas sexo com outras.
Estudos mostram que os homens são mais propensos a trair do que as mulheres. As mulheres são mais propensas a enganarem o companheiro em picos férteis do ciclo menstrual, quando o estrogênio está em alta. Isso aumenta a motivação sexual e a atração por "bad boys". Os homens têm picos também, mas não tão evidentes. Estamos sempre prontos para uma oportunidade sexual, especialmente se encontrarmos uma mulher que nos atraia e que esteja ovulando.
Por exemplo, sabemos que a dopamina e oxitocina são duas substâncias químicas que levam à formação de um vínculo amoroso. A dopamina é liberada quando acontece algo emocionante, como ganhar na loteria ou ter uma boa noite de sexo. A oxitocina é a substância que dá a sensação de prazer e recompensa e é liberada quando as pessoas se tocam, olham nos olhos e, especialmente, têm relações sexuais. Quando elas estão juntas há muito tempo, há menos liberação de dopamina e, consequentemente, menos emoção. A receita para revigorar a relação é estimular a liberação de dopamina e oxitocina com o seu parceiro. Marque encontros exóticos, faça coisas interessantes para liberar a dopamina e, ao mesmo tempo, tenha momentos íntimos de carinho, abraço, beijo e, especialmente, mantenha relações sexuais. Isso vai liberar a oxitocina e ajudar a reviver a sua vida amorosa.


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