sexta-feira, 16 de maio de 2014

Não trate como noite de sexta, quem te trata como manhã de segunda

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Muitas pessoas se queixam de seus relacionamentos sem usar nenhum crivo para avaliar qual a qualidade dele, apenas o fato de estarem numa relação parece suficiente para seguir adiante.
Há pessoas que são como sextas-feiras em nossa vida e tratamos com a preciosidade de um dia que aguardamos muito.
Com essas pessoas tudo é planejado, prioridade e envolvimento. Nesse tipo de relação todo cuidado é pouco e não há má vontade para interagir, manter compromissos e até imaginar um futuro juntos.
Já outras pessoas são tratadas como segundas-feiras cinzentas pela manhã, pois recebem o tipo de dedicação preguiçosa, indefinida e quase indisponível. Nessa relação não cabe muito envolvimento, dedicação ou preciosismo, pois é quase algo provisório, para matar o tempo. Esse tipo de pessoa é como uma estação de passagem onde se fica ali só até encontrar algo melhor, como dizem é a “opção pra hoje”.
Mas o que mais acho curioso são as pessoas que se permitem serem tratadas como uma segunda-feira e mesmo assim seguem insistindo em algum tipo de milagre transformador. Elas esperam que a pessoa em algum momento mude o comportamento e passe a ver nela um valor inestimável. Esse tipo de pessoa tem um grau de desejo ousado, daquele que mira no “topo da pirâmide amorosa” e pleiteia ser a primeira-dama de um “príncipe” que só ela vê valor.
Talvez seja até previsível imaginar o tipo de personalidade que adere insistentemente em alguém que a trata com descaso. De um lado pode ser aquela pessoa apática, sem vida e que se acha sem opção, é o mesmo perfil que seria capaz de passar anos cultivando o fã-clube de um artista como se realmente fosse casar com ele. Quem olha de fora se compadece, afinal nota que até em questões de amizade a pessoa é passiva, dependente e sugestionável. Os esforços que ela faz para ser amada são um pouco tristes de observar tamanha a desfiguração pessoal autoimposta para ter uma migalha da atenção do seu alvo amoroso.
De outro lado pode ser o tipo de pessoa orgulhosa que superestima a si mesma e não consegue imaginar como alguém poderia fazer pouco caso sendo ela tão incrível. Nesses casos parece que um jogo perverso é ativado na mente do desprezado já que o orgulho começa a operar numa caçada ao título de relacionamento sério. Essa é aquela  que vai lutar até dobrar a cabeça do rejeitador e depois dispensá-lo ou até inverter o jogo na posição de quem domina a relação.
Notem que esses dois perfis estão em opostos, pois a pessoa equilibrada, de bem consigo mesmo e alinhada com seu senso de importância e propósito de vida dificilmente cairia nessa teia de desprezo. Ela sabe o que quer e não descansa até descobrir, sabe cultivar boas amizades e não barateia seu passe só para desfilar com alguém que age como estrelinha. Se tem companhia é porque foi apreciada nas suas virtudes e defeitos, mas jamais maquiaria quem é para agradar alguém, a menos que avaliasse ser um defeito que merece ser mudado. Seus gostos e hobbies estão em dia e sua própria companhia é carivante, não fica mendigando atenção pois tem muito de si para oferecer. Exatamente por não pedir recebe muito dos outros, pois é vista como alguém que acrescenta e não que suga energia.
Para quem está de bem com a vida, portanto, nenhum dia da semana seria uma descrição metafórica de seu senso de importânciaa, todos os dias da semana a descreveriam, afinal a vida não precisa ser uma sexta-feira constante.

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