sexta-feira, 20 de junho de 2014

Por que algumas mulheres ou homens não conseguem deixar de amar aquele que os faz sofrer demais?

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Por que amamos? Amar é prazer, felicidade. O convívio com alguém que corresponde aos nossos sentimentos mais profundos gera contentamento. Hormônios são liberados no sangue quando vemos a pessoa amada.

No entanto, alguns amores geram mais sofrimento do que felicidade. Por que algumas mulheres ou homens não conseguem deixar de amar aquele que os faz sofrer demais? Pode ser um homem mau caráter, violento e agressivo. Ou uma mulher muito ciumenta que faz escândalos e controla seu homem como radar. Alguém violento e agressivo. Um homem com valores totalmente diferentes da mulher. Um bandido, um traficante, um estelionatário. A pessoa sente que está sendo prejudicada ou usada, mas não consegue sair do relacionamento. Por que? Porque elas amam e acham que a pessoa um dia mudará. Uma fantasia apenas. A mudança começa com atitudes baseadas na razão e, não, na emoção somente. Contribuir para a mudança é também exigir respeito. Desenvolver a autoestima. 

Geralmente, esses relacionamentos oscilam entre o sofrimento profundo e a felicidade. Até os bandidos mais perigosos tem suas companheiras. Um dia, está muito bom! No outro, muito ruim! O homem amado pode surrar a mulher, pegar o dinheiro dela e maltratá-la. Noutro, proporcionar uma noite maravilhosa em que ela é a deusa e a mulher da sua vida! Nesse relacionamento caótico, a mulher fica totalmente confusa. Ou deseja relembrar o tempo em que estava muito bom ou fantasia que seu homem vai mudar. Vai obedecer a lei e se tornar um pai maravilhoso. Ou mesmo se ela o ajudar no tráfico de drogas, um dia tudo vai mudar. E nada muda! A família e os filhos se ressentem do clima familiar violento e tumultuado. 

O Amor não escolhe. Ele ama! No entanto, por karma (forte ligação em vidas passadas), medo(o companheiro faz ameaças), dificuldades financeiras ou falta de autoestima essas mulheres não conseguem tomar nenhuma decisão. Ficam paralisadas pelo medo.Nesse momento delicado em que até a vida delas pode estar em perigo o bom senso é necessário. Elas podem estar contribuindo de forma inconsciente para reforçar o comportamento doentio do seu homem. Ela tem medo de perder a vida, mas também medo de perder seu homem. Mal ou bem ele leva dinheiro pra casa. Pode ser o pai dos seus filhos. A mulher ciumenta é muito carinhosa, às vezes. Ela tem vícios, mas é amiga e companheira. Gasta todo o dinheiro do homem, mas sabe ouvi-lo. Ou então o dois tem uma química invejável. Nessa confusão toda, as pessoas ficam à espera da mudança. No entanto, não enxergam que um relacionamento onde o respeito passa longe dificilmente terá um desfecho feliz. São dois papéis doentios nessa relação: um é a vítima, o outro, o algoz. 

As pessoas podem mudar sim, principalmente quando sofrem muito, são presas ou perdem tudo. No entanto, ninguém muda ninguém.

Se você vive um amor bandido deve em primeiro lugar pensar em você mesmo e na sua integridade moral e física. Seu relacionamento pode melhorar, mas se você tomar providencias. E, às vezes, a providencia pode gerar culpa e remorso. 

Maria, 45 anos, casada com um alcoólatra, sentiu muita culpa quando viu seu marido ler a intimação para ir à Delegacia da Mulher. Ela o denunciou após uma surra. O esposo ficou transtornado. Esse homem a surrava freqüentemente após misturar bebidas alcoólicas. No dia seguinte, depois da surra ,ele a cobria de beijos e afirmava que não mais faria isso. Somente promessas vazias, porque seu homem era uma pessoa doente mas também muito esperto. Sutilmente ele a ameaçava dizendo que ela não teria nem um tostão se pedisse o término do casamento. O medo paralisou essa mulher, mas em tempo ela tomou uma decisão.

“- Meu marido ficou envergonhado e as crianças viram a intimação. Nesse momento, senti remorso. Ontem, ele falou que ia mudar!”.- desabafou chorosa. Geralmente, homens violentos no lar são covardes e medrosos diante da autoridade da lei. Maria está em processo terapeutico.

Seu amor pode até mudar, mas se você for firme o suficiente. Ele pode estar precisando de uma lição e, para isso, existe a Lei Maria da Penha. Ou pode estar precisando de tratamento médico. A família – de assistência social. Só tomando decisões práticas e legais é que ela poderá ter um pouco de esperança. Aliás, a mulher que é agredida fisicamente precisa se garantir. Ou poderá perder a vida! Enfrentar o medo e confiar nas leis e nas autoridades policiais pode mudar todo o contexto. E reforçar positivamente o cumprimento dessas leis. É assim que a sociedade humana evolui; lutando por seus direitos! Não basta perdoar o marido infrator. Ele precisa pagar por seus atos, demonstrar que deseja mudança para que haja esperança nesse relacionamento.

O perdão é necessário, mas nem sempre a pessoa pode continuar convivendo com um marido infrator, uma mulher viciada ou um estelionatário incorrigível. Sempre priorizar a sua saúde mental, emocional e física. 

O amor não pode ser ao mesmo tempo, inferno e paraíso. Amor é uma emoção feliz, e sadia que envolve equilíbrio. É relacionar-se com uma pessoa resolvida, inteira que tenha valores iguais ou parecidos com os seus. Relacionar-se com alguém que lhe respeita. Em alguns momentos, pode até ser difícil. Viver a dois é maravilhoso, mas não é fácil! 

Procure ajuda profissional! Se você vive honestamente como pode aceitar a violação dos seus valores morais? Não misture as coisas! Geralmente, é a paixão que faz com que uma mulher honesta compactue com as infrações do seu homem. E ela acaba colaborando para a destruição do lar, porque os dois podem acabar na prisão.

Podem ser almas muito comprometidas. Geralmente, aquele que não consegue largar, abandonar a relação prejudicou muito a pessoa amada em outras vidas. Pode ser até uma alma muito arrependida. Mas isso não justifica aceitar violência e passar batido pelas loucuras do outro.

Muitos relacionamentos assim tem um desfecho feliz. O homem ou a mulher se arrepende e busca correção, tratamento ou se reajusta perante a lei e à sociedade. Aí sim, a pessoa amada merece uma chance. O ditado popular é sábio: ou vai pelo amor ou vai pela dor.

Acredite no amor, tenha fé na mudança da pessoa amada, mas em primeiro lugar se ame muito! Os semelhantes se atraem , mas os opostos também. Viver a diferença com tolerância, respeito, paciência e muito carinho pode até dar certo. Mas em primeiro lugar respeite seus limites e seus valores morais!

Amar é ser feliz!

Relax mental

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