segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Quais os sinais que ele dá quando não quer mais namorar ou estar casado comigo?

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Meninas, dia desses uma amiga me veio com um desses links que grassam na rede mundial de computadores. Melhor dizendo: ela não me trouxe o link. Ela não lembrava onde tinha lido. Mas lembrava do que leu. E mo contou:
“João, esse artigo falava de como a gente pode se ligar nos sinais de que eles – quer dizer, vocês, homens – já não querem mais estar juntos da gente. Sabe? Tipo o casamento que ruiu e o cara não assume? Ou o namoro que é mais amizade ou nem isso do que namoro, mas o cara empurra com a barriga?”
Eu disse que sabia. Mas queria ouvir mais. E ela veio com mais:
“Então, sei que você não gosta muito das generalizações e coisa e tal, mas fez bastante sentido quando li. Eu – e posso te dizer que várias das minhas amigas concordam – acho que vocês são incapazes de terminar. Ou melhor, vocês até terminam, mas só de dois jeitos: quando a coisa fica insuportável ou quando arranjam outra. No geral, eu reparo que homem faz o seguinte: vocês se tornam insuportáveis, vocês tornam o relacionamento insuportável até que a gente tome a iniciativa por vocês. Como se precisassem de uma desculpa ou do conforto de não ter de assumir a decisão, sabe?”

E eu, de novo, disse que sabia. Mas ainda queria ouvir mais. Queria, acima de tudo, ouvir quais eram os sinais que o texto da internet havia listado. E ela veio com a lista:
“Ah, então. Dizia lá que em primeiro lugar o homem some…”
QUANDO O HOMEM SOME
Meninas, decidi ir ponto a ponto. E vamos, então, a primeiro. Quando o homem some. Devo dizer que, nesta altura, eu não devo ter entendido muito o texto que a minha amiga leu. Porque o namorado, o marido, não conseguem muito sumir. Segundo o relato dela, o texto dizia que os homens somem quando não querem mais nada. Pois sim, eles somem quando vocês ainda não são casal.
Agora, quando vocês são casal, o sumiço é de outro tipo. É um sumiço a olhos vistos. É o homem que definha e se encolhe. Ele some, sim, mas doutro jeito: ele não quer mais sair, ele desanima, ele é turrão e irritadiço.

Portanto, registrem: o grande e cabal sumiço do homem é aquele que se dá na sua frente.
NÃO É MAIS CARINHOSO
“Um outro ponto que lembro, João”, prosseguiu minha amiga, “é que o texto dizia que o homem, quando não aguenta mais o relacionamento deixa de fazer aquelas coisinhas que fazia no começo, tipo mandar recadinho com emoticon no celular, como se não tivesse mais nenhum motivo pra, durante o dia, te fazer lembrar dele”.
Verdade, mas mais ou menos verdade. Ah, moças. A vida é tão dura, tão difícil, tão tostines. Porque mora aí, nesse ponto do esfriamento, um nó existencial. Querem ver?
Será que o homem fica mais frio porque não quer mais ou está mais frio porque, com o tempo, qualquer relacionamento diminuiu a quentura, entrando no lugar do calor, outros tipos de energia?
Meu ponto, garotas, é este: às vezes, a gente se preocupa tanto com os sinais que esquecemos que quando prestamos atenção aos sinais, estamos prestando atenção aos sinais que queremos notar. Qualquer relacionamento, do mais fajuto ao mais feérico passeia por um turbilhão de coisas ao mesmo tempo.

Eu disse e digo de novo: você e ele, eu e ela, aquele e aquela, todo mundo é um, nenhum e cem mil coisas no decorrer de um só dia. Tenho medo dessas listas – e eu mesmo cometo algumas delas, vejam só! – que dizem que isso mais aquilo dá tal coisinha.
Tenho medo mesmo.
Porque é isto: às vezes ele não manda mais o emoticon do solzinho sorridente a cada manhã porque não manda. Sem nada além desse motivo. Porque a piada perdeu um pouco da graça. Porque doçura todo dia, toda hora, por anos, pode deixar a doçura menos doce.Porque talvez você também não esteja retribuindo – e talvez nem precisando – desse tipo de mimo. Ou, simplesmente: ele parou de mandar recadinho porque sim.
Enfim.
MAS QUAIS SÃO OS SINAIS?
Moças, minha amiga ouviu isso tudo e coçou a cabeça, enrolou uma mechinha de cabelo (enrolar uma mechinha de cabelo é uma coisa bonita que dói. Façam sempre), e me perguntou:
“Hummm, João, acho que te entendo. Mas então nunca tem sinal? Aí já não posso concordar com você. Porque eu sei que tem. Já passei por vários fins e em quase todos eles, eu tive certeza depois que aquilo tudo que eu sentia era o sinal de que o namoro já era”…
Pois foi justamente aí, meninas, que a minha amiga, sem perceber, deu toda a resposta que este dia merece e precisa.
A vida é exatamente isso. O presente é uma véspera de futuro. O presente é velocíssimo. O presente é mais rápido do que a gente. O presente é o jamaicano correndo na olimpíada. E você é só você. Eu sou só eu.
Estamos sempre atrás do presente. Atrás das coisas que acontecem neste momento.
Moças, a vida só é possível e analisável e compreensível porque ela nos dá passado.
Só aquilo que foi e já não é permite a claridade. Três minutos depois de um fim de amor, eu compreendo todo o fim de amor. Mas no momento em que o coração para de bater, eu nunca sei.

Quero dizer que, sim, há muitos sinais de que ele não quer mais estar com você.
Mas quero dizer ainda mais que esses sinais só serão sinais quando a coisa acontecer: o amor acabar, a separação vier. Antes disso, é natural a nossa confusão. E não há nenhum fórmula para predizer um rompimento a não ser esta:
No fundo, no fundo, a gente sabe quando o amor está por um barbante roído do encerramento. A gente sabe, sim, mas é num fundo tão fundo que não bate luz. Não dá certeza.
O que fazer?
Não sei. Talvez ter menos medo. Talvez conversar mais. Talvez se ouvir mais.
Acho que toda lista sobre “os sinais masculinos da falta de amor” deveria, na verdade, se chamar “os sinais humanos da falta de amor”.
Porque com vocês é igual.
E os sinais, na verdade, são um só.
Tristeza.
O SINAL NÃO ESTÁ NELE
Quando você vive triste e encolhido, você já deixou de amar. Só não conseguiu ver isso. Mas verá. E aí, nesse dia, tudo fará sentido. Tudo parecerá claro. E você dirá ao espelho, à amiga e a quem interessar: “Como é que não vi isso antes?”
E eu direi: “Não viu porque não viu. Porque a gente só vê aquilo que a nossa altura permite ver”.
Ele sumiu? Ele pode mesmo não te amar, mas pode ser também que ele esteja só ocupado. Ele só sai com você quando você implora? Ele pode estar de saco cheio do casal, mas pode também simplesmente ter afrouxado o cinto, aquela impaciência com o resto da humanidade e aquela lerdeza que a alegria de encontrar um amor concede. Ele está frio?Ele pode mesmo não te aguentar mais, mas pode ser que ele esteja chateado com alguma coisa que você fez e não consegue dizer? Ele não te procura na cama? Ele pode estar sem o menor desejo, ou pode ser aquela fase em que vocês dois estão no automático que a convivência diária, implacável convivência diária, presenteia a todo mundo que ama. Ele não faz planos pro futuro, não fala em ter filhos? Pode ser que ele não queria esse futuro, ou talvez ele queria tanto e é tão difícil falar disso contigo.
Amar é difícil, meninas.
Viver a dois é a coisa mais dura que há.

Dentro do amor, tudo pode ser tudo.
Mas há, sim, o único sinal possível.
Esqueça de buscar nele o sinal do fim de amor. A grande solução está em tirar a cuca dele.
E ouvir a afinação do próprio peito.
Quando você é triste, você já não ama. Quando você está amuada o tempo todo, você já não ama. Quando o desanimo é seu e estar com ele é 90% de sofrimento ou incomodo, vocês já não amam. Porque o amor só existe a dois. Sim, sim. O amor que vem só de um lado não é amor: é carência, é paixão, é medo, é solidão.
Moças, o único sinal de um amor esfarrapado é aquele que você já sabe:
A vida se torna um pedaço de minutos, dias e horas bastante ruim.
Você sabe.


J. Antônio

Um comentário:

  1. Deia,

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    Um grande abraço
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    ResponderExcluir

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