quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Fim de relacionamento

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Uma das maiores dores que uma pessoa pode passar é o fim de um relacionamento.
Há duas situações possíveis:
-  Você não queria e/ou não esperava o fim deste relacionamento
- Você planejava este rompimento
O interessante é que mesmo quando uma pessoa deseja, planeja e tem a iniciativa do rompimento pode haver dor.
Até mesmo relacionamentos ruins podem deixar um certo “buraco” emocional. Talvez isso ocorra porque o ser humano foi feito para viver com outras pessoas. Mesmo relacionamentos ruins oferecem uma certa parceria, a possibilidade de contar com a outra pessoa em alguns momentos. E de toda forma o ser humano é feito de rotinas. Chegar em casa e encontrar sempre a aquela  pessoa, ou final de semana receber sempre aquela ligação , que mesmo que não seja a pessoa ideal, ainda assim há um certo sentimento de “aconchego”. Perder esta pessoa pode ser doloroso, por incrível que pareça.
Mas o grande sofrimento acontece quando não esperamos e não desejamos o rompimento pois amamos esta pessoa e não conseguimos nos imaginar longe dela. Algumas vezes acontece de surpresa – não havia sinais de insatisfação por parte da outra pessoa, ou porque ele tomou esta decisão repentinamente ou porque não tinha habilidades para ir colocando suas insatisfações.

Porque relacionamentos acabam?

Algumas vezes o sentimento simplesmente vai se esvaindo, a rotina pode ser reconfortante para alguns mas para outros pode ir deixando lacunas que um dia se percebem enormes.
Algumas vezes um manifesta comportamentos, que parecem coisas pequenas, os quais o outro não aprova mas apesar de algumas conversas não houve interesse em mudança – talvez acreditasse que a reclamação do outro não seria suficiente para acabar com o relacionamento.
As vezes a causa é algo  grande, como uma traição por exemplo. Muitos não superam o fato de serem traídos, por mais que o outro garanta que não houve grandes envolvimentos e nem continuidade.
Muitas vezes os relacionamentos são rompidos porque ao conhecermos a outra pessoa, pouco a pouco percebemos que aquela impressão inicial não corresponde a realidade da personalidade do parceiro. Algumas pessoas se esforçam por parecerem interessantes no inicio do relacionamento mas aos pouco percebemos que tratava-se apenas de uma forma como ele gostaria de ser e não de como ele é de verdade.

Como superar a dor do fim de um relacionamento

Esta é a receita que todos querem, e se existe uma palavra que eu possa dar a todas as pessoas que procuram conforto neste momento tão difícil seria: Reconstrua-se. Aproveite a vivencia, mesmo que este rompimento  não tenha sido sua escolha, e use este turbilhão emocional como informações que você está tendo a seu próprio respeito. Com certeza você está aprendendo muito sobre si mesmo, talvez esteja tendo reações que nunca imaginou que seria de seu feitio. Talvez esteja tendo pensamentos e comportamentos que o faz não reconhecer a si mesmo. Mas saiba, que tudo isso pode ser usado a seu próprio favor. Você pode crescer e sair renovado (a).
Caso sinta que precisa de uma mão, alguém para estar junto e usar todo o conhecimento sobre a dor humana para que você passe por este momento e renasça uma pessoa melhor ainda, conte com o psicólogo.

fim relacionamento
O luto pelo fim de um relacionamento


Psicóloga Yasmin Daibs


O fim de um relacionamento, como muitos já devem ter vivenciado, é um momento bastante difícil. É comum que a separação traga uma dor que vai além da emocional. Muitas pessoas relatam, nesse momento, sensações físicas como falta de ar, dores no peito, alterações no apetite, no peso, no sono, entre outras.
Estes sentimentos surgem pois, diante do rompimento, o indivíduo sofre um luto, reagindo à perda do objeto de amor.  O luto pode ser definido por um estado de espírito penoso, em que o interesse pelo mundo externo diminui e os pensamentos costumam girar em torno deste objeto perdido.
Apesar de ser doloroso, o luto é um processo natural e necessário, que não deve ser visto como patológico, a menos que se estenda por um longo período. Vale salientar que sua duração varia de pessoa para pessoa (Freud, 1974; Marcondes et al, 2006).
É comum que surja a sensação de confusão e de não compreensão do motivo que levou àquela situação. O fim de um relacionamento costuma acontecer quando ao menos uma das partes se depara com uma situação que, ao seu ver, não poderia ser resolvida de outra forma. Sendo assim, o término seria a única solução viável.
Em geral, a pessoa que foi abandonada costuma sofrer mais, tendo em vista que aquele que tomou a iniciativa para o rompimento, tem como anteparo o estímulo que o levou a agir, somado, muitas vezes, a um sentimento de renovação e alívio diante daqueles problemas que vinham lhe causando angústia. Entretanto, pode ser que mesmo aquele que tomou a iniciativa do término experimente sentimentos negativos, como culpa e tristeza. Ambas as partes passam a se questionar sobre o que poderiam ter feito de outra forma, a buscar explicações para o término e a lamentar pelos bons momentos perdidos.
Embora o sentimento de culpa traga a necessidade de reparação e resolução das “questões pendentes” com o outro, é importante entender que nem sempre há culpados e que o fim de um relacionamento não significa fracasso.
Na tentativa de aplacar estes momentos, podem surgir sentimentos de raiva e ódio, numa tentativa de, ao pensar nas coisas ruins, amenizar a dor, trazendo a sensação alívio por não ter perdido nada de grande valor (Klein & Riviere, 1975).
É comum que os pensamentos estejam voltados ao ex-companheiro, trazendo dúvidas sobre como ele estaria se sentindo, como tem lidado com a nova situação, o que tem pensado a respeito do relacionamento etc. Após um tempo de afastamento, estes questionamentos tendem a diminuir e aos poucos, toda energia dedicada ao outro, pode ser reinvestida em si próprio. Neste momento, pode ser de grande valia voltar a realizar atividades que tragam prazer, como fazer exercícios físicos, sair com seus amigos, dedicar-se ao trabalho, enfim, encontrar formas de investir em si mesma.
É natural que queiramos evitar as situações de sofrimento, entretanto, querer fugir destas fases não resolverá o problema, nem aliviará a dor. Com uma passagem adequada pelo período de luto, torna-se possível reconhecer que estar solteiro pode, sim, ser positivo. Caso você perceba que não consegue lidar sozinho com o fim do relacionamento, conte com a ajuda de um psicólogo. Faça sua psicoterapia de apoio.

FREUD, S. Luto e Melancolia. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
KLEIN, M. & RIVIÈRE, J. Amor, Ódio e Reparação. São Paulo: Imago, 1975.
MARCONDES, M. V., TRIERWEILER, M. & CRUZ, R. M. Sentimentos predominantes após o término de um relacionamento amoroso. Brasília: Psicol. cienc. prof. v.26 n.1, 2006

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