sexta-feira, 19 de junho de 2015

Amor” lidera lista de arrependimentos

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Pesquisadores de duas instituições de ensino americanas, Kellogg School of Management e University of Illinois at Urbana-Champaign, entrevistaram 370 adultos sobre os seus principais arrependimentos. Os participantes tiveram de descrever, em detalhes, uma decisão tomada da qual se arrependiam.

Aproximadamente 18% citaram arrependimentos relacionados à vida amorosa. Em seguida vieram os seguintes itens: família (16%), educação (13%), carreira (12%), finanças (10%) e criação dos filhos (9%). 

Relacionamentos amorosos e família foram os temas mais recorrentes entre as mulheres. Aproximadamente 44% das participantes disseram arrepender-se de erros cometidos em relacionamentos, enquanto apenas 19% dos homens apontaram o mesmo item.

“O resultado está relacionado a algo que os psicólogos já sabem há muito tempo: as mulheres são normalmente responsabilizadas pela manutenção e proteção do relacionamento. Assim, quando as coisas não dão certo, é muito espontâneo da parte delas pensar: ‘Eu devia ter feito isso de outra forma’. Faz parte da educação de homens e mulheres em nossa cultura”, analisou o psicólogo Neal Roese, principal autor do estudo.

Outros arrependimentos
Grande parte dos arrependimentos relacionados ao trabalho envolve oportunidades perdidas – como a recusa de determinado emprego por conta de outro ou atitudes arriscadas não tomadas que poderiam ter levado a uma carreira mais promissora.



Os participantes com níveis menores de escolaridade foram os que mais se mostraram arrependidos em relação à educação, enquanto os mais instruídos demonstraram maior arrependimento em relação à carreira. “Quanto maior o padrão cultural do indivíduo, maior a percepção em relação a melhores oportunidades. Paradoxalmente, quanto maior o número de oportunidades encontradas, maior o arrependimentos por não ter conseguido ainda mais. As oportunidades alimentam a experiência de arrependimento”, explica Roese. 

Os arrependimentos em curto prazo mais comuns foram relacionados a ações realizadas – como, incidentalmente, selecionar a opção “responder a todos” em um e-mail inadequado ou não telefonar para a mãe no Dia das Mães. Contudo, os arrependimentos mais duradouros foram mais frequentes entre ações não realizadas, como nunca expressar os sentimentos para a pessoa amada ou deixar de arriscar-se na carreira. 

Roese ressalta que, com o passar do tempo, costumamos buscar justificativas para nossos erros. Mas, quando o assunto é a inação, nos esquecemos das barreiras que nos impediram de agir – nos lembrando somente de não ter tentado. “Quando refletimos sobre o passado, que é a ação do arrependimento, ruminamos sobre coisas que não saíram bem, mas não saboreamos os bons momentos vividos. Somos muito mais impactados por experiências negativas”, disse Joseph Ferrari, professor de psicologia da DePaul University, de Chicago. 

E mesmo que cause dor, uma vida sem arrependimentos não somente é impossível como também não teria a emoção fundamental que nos motiva a evitar erros futuros. “O arrependimento é parte essencial da experiência humana. Devemos prestar atenção às lições que recebemos de nossos arrependimentos, eles geralmente giram em torno de coisas que poderiam ter sido feitas de outra forma ou mesmo mudadas”, disse Roese.

Para Ferrari, todo mundo comete erros, o que importa é como nos recuperamos dos mesmos. Ele diz: “Ao invés de deixar o arrependimento dominar nossas vidas, devemos saborear as boas coisas que temos em mãos e o que fizemos corretamente. Precisamos enxergar mais nossas forças do que nossas fraquezas”.
O estudo foi publicado no site do periódico Social Psychological and Personality Science

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