quinta-feira, 2 de julho de 2015

PÍLULA DO DIA SEGUINTE: perigo que se torna rotina

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Com medo das  consequências do comportamento sexual de risco , algumas garotas vêm fazendo um uso indiscriminado da pílula do dia seguinte. A pílula do dia seguinte não é, porém, um método preventivo regular contra a gravidez, como as pílulas anticoncepcionais, mas um método de emergência, que só deve ser usado em situações extremas, como rompimento do preservativo, falha de outros métodos ou em caso de estupro.

O risco de engravidar é mais “possível”, na cabeça dos jovens, do que o de contrair DSTs. Assim, como muitos não usam preservativos nem pílulas anticoncepcionais, tomar a pílula do dia seguinte após relações sexuais acaba sendo a solução para evitar a gravidez. Por que isso ocorre, e quais as consequências do uso indiscriminado desse método?

O uso de pílulas anticoncepcionais requer orientação médica. A falta de dinheiro para consultas, a vergonha em procurar um ginecologista e assumir uma vida sexualmente ativa, e mesmo o medo de que as pílulas, que precisam ser ingeridas diariamente, sejam descobertas pelos pais, faz com que as garotas optem pela pílula do dia seguinte.


Desinformadas sobre as consequências do uso indevido, as mulheres tomam essa pílula mais de uma vez por mês, sujeitando-se a graves alterações hormonais, vômitos, dores de cabeça, inchaços, mal-estar... Além disso, a pílula do dia seguinte concentra em uma única dose (duas pílulas ingeridas com intervalo de doze horas) todo o hormônio contido numa cartela de 21 pílulas anticoncepcionais. As sucessivas cargas extras de hormônio desregulam o controle da menstruação, e seus efeitos colaterais ainda não são completamente conhecidos, por se tratar de um método recente. Pesquisas apontam que o excesso de hormônios aumenta as chances de câncer de mama e, além disso, a pílula do dia seguinte não oferece nenhum tipo de proteção contra as DSTs. Como aparentemente a pílula do dia seguinte é mais eficaz e prática de usar, a procura por esse medicamento cresce principalmente após os finais de semana.

Outro fator que favorece essa situação é a vergonha, principalmente entre mulheres, de ter sempre uma camisinha à mão. “A mulher que vai pra balada com uma camisinha na bolsa é, infelizmente, desvalorizada, quando seu comportamento preventivo deveria ser estimulado”.


Para evitar o uso indevido da pílula do dia seguinte, bem como o risco de DSTs, é preciso que informação e conscientização sejam feitas simultaneamente, e que a possibilidade de se prevenir esteja ao alcance de todos. Também entre o casal deve haver abertura para o diálogo e a discussão da vida sexual. “Não há regras gerais sobre como proceder durante a negociação da prática sexual segura, mas é importante que a garota recuse a postura passiva de não usar camisinha só porque o parceiro não quer. O ideal é aliar o uso de anticoncepcionais com o preservativo, para evitar DSTs e gravidez. Porque a verdadeira prova de amor é pensar sobretudo num relacionamento saudável para o casal, e não no prazer individual que coloca ambos em risco”.  

           

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