sábado, 6 de agosto de 2011

Ser Gorda

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Ser gordo(a) tornou-se quase um pecado, numa sociedade onde a beleza do corpo físico tornou-se o bilhete de identidade para quase tudo. Mas, a gorda ou a magra, devem ter prazer no seu corpo tal como ele é.

Muitas são as pessoas na nossa sociedade que ignoram as pessoas mais gordas, ou melhor, fogem deles a sete pés porque julgam que estar com um obeso irá diminuir-lhes a imagem perante os outros. Vendo na gordura algo repugnante, a mentalidade da época moderna apenas aplaude os corpo magros, escanzelados, com os ossos a sobressaírem. A gordura deixou de ser formosura para passar a ser um pecado social, discriminando os gordos em diversas situações.
Na realidade, ser gorda é um problema que apenas diz respeito a quem o é na realidade. O resto das pessoas devem encarar a obesa por aquilo que ela é interiormente, aquilo que ela vale, e demonstra enquanto pessoa. Tudo o resto são meras conjecturas, muitas delas sem razão de o ser, fruto de uma sociedade com uma mentalidade ridícula e que apenas dá valor aos corpos que são exibidos nas revistas e televisão. Há, sem dúvida, uma discriminação à pessoa que é gorda, dificultando a sua vida em muitos sectores, nomeadamente no campo profissional.
A ideia de que se a pessoa obesa quiser perde peso, prolifera ainda nos circuitos sociais. Porém, esta afirmação não corresponde totalmente à veracidade da questão. A pessoa obesa pode tentar perder peso, e pode até consegui-lo, mas num período de três anos a dieta acaba por se revelar ineficaz. Ainda que as calorias ingeridas sejam mínimas, a verdade é que o corpo consegue corresponder a este impulso apenas num período de tempo limitado. A pessoa obesa pode até continuar com a dieta, mas chega a uma determinada altura em que a dieta já não demonstra os seus benefícios.
Ser-se gorda nem sempre é um problema exclusivo da alimentação da pessoa ou da falta de exercício. O peso de uma pessoa provém de um número extenso de factores que passa pela genética, o antepassado familiar, e o próprio metabolismo de cada um. Se experimentar uma dieta, esta mostra-se muito eficaz num determinado período, mas quando a deixa o corpo tem tendência a engordar o dobro do que na altura em que a iniciou. Nem sequer é uma questão de força de vontade, mas sim uma perspectiva metabólica para a qual o obeso não tem armas para lutar.


O facto de ser gordo pode não ser necessariamente algo que fuja dos padrões de saúde. Dependendo da forma como a pessoa se sente, a obesa pode até levar uma vida perfeitamente normal e os seus exames médicos revelarem que está tudo bem. Por isso, a questão do peso pode não implicar sempre outros tipos de problemas de saúde. O ideal é a pessoa obesa manter-se o mais saudável possível, comendo regularmente todas aquelas coisas fundamentais para o organismo e que não contenham muita gordura. Mesmo que não note uma grande diferença na balança, convém alimentar-se devidamente segundo os padrões da boa alimentação e fazer algum exercício físico, pois a vida sedentária prejudica ainda mais o indivíduo.
A pessoa obesa sente-se muitas vezes discriminada. A vida profissional é um dos sectores onde a pessoa obesa encontra graves problemas. Mesmo em cargos nos quais o encontro com o cliente ou público não são necessários é habitual que se verifique uma discriminação nesse sentido, anulando logo as hipóteses ao candidato a essa vaga. Ao sentirem-se discriminados pela sociedade, muitos dos obesos acabam mesmo por não irem a ginásios exercitar-se com receio que as pessoas olhem ou comentem o seu corpo. Por causa deste tipo de situações, a pessoa obesa pode também ter problemas em relacionar-se com alguém no campo amoroso e sexual. Sabendo que os outros a repudiam é natural que sinta que também no amor possa vir a sentir-se rejeitada pelo sexo oposto.
Este tipo de situações podem vir a tornar a pessoa extremamente nervosa, frágil e sem qualquer nível de auto estima. E, quando se apercebem realmente disso, a tendência é apenas uma: comer ainda mais. O importante é não deixar que a pessoa se vá abaixo, independentemente da sensação de discriminação que possa estar a sentir. Na realidade, a pessoa obesa pode fazer tudo aquilo que uma pessoa com um peso normal faz. Portanto, a diferença é apenas uma questão de peso e nada mais. Os obesos são pessoas iguais a outras quaisquer que apenas anseiam sobreviver numa sociedade que é de todos, gordos e magros, altos e baixos, negros ou brancos.
A ideia que os gordos são feios, uma ideia muito habitual, é totalmente falsa. Se reparar com atenção vai encontrar pessoas obesas bem bonitas, mas a sociedade apenas não as vê porque se mentalizou à partida de que os gordos são pessoas feias. A única diferença entre os obesos e os não obesos é apenas a largura, pois tudo o resto são atributos possíveis em qualquer um deles. Ser gorda não é vergonha nenhuma, nem tem que ter pudor em relação a isso. Tratam-se de pessoas com disfunções metabólicas, mas que não devem ser julgadas apenas por terem uns quilos a mais.
Se é uma pessoa obesa orgulhe-se de ser tal como é, isto se já tentou de tudo e não encontrou solução para o seu caso. Se ainda não se esforçou devidamente para perder peso, a solução é aplicar-se um pouco mais e ter muita força de vontade. Até lá, não tenha nunca vergonha de ser como é!


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