segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Conto ou não conto ao pretendente sobre minhas limitações?

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Queiramos nós ou não, limitações são inerentes aos seres humanos, o que significa dizer que todos as temos. Nossas limitações são justamente o que fazem de nós pessoas imperfeitas, e talvez seja exatamente isso o que dá graça e variedade a este mundo em que habitamos.

É comum recebermos, aqui , mensagens de usuários com dúvidas sobre como agir em relação a algumas de suas imperfeições no momento da conquista. Estas pessoas geralmente têm algum tipo de doença (ou tiveram no passado) ou necessidade especial, que muitas vezes gerou consequências físicas ou psicológicas. Há casos, por exemplo, de pessoas que tiveram um câncer, têm o vírus HIV, têm alguma deficiência física ou visual, entre outras. A dúvida principal é como contar ao pretendente sobre sua condição e se isso deve ser feito logo nos primeiros contatos ou somente posteriormente, conforme a relação caminhe.

Penso que o momento certo de contar sobre uma limitação a um pretendente é algo bastante individual e que não há apenas um modo de se fazer isso. Não existe, portanto, um “certo”. “Certo” mesmo será agir da maneira que a pessoa se sentir mais confortável.

E aí entra uma questão importante, que está diretamente associada a estar ou não confortável. Trata-se da maneira como a própria pessoa enxerga sua imperfeição. Esta última pode ser percebida simplesmente como uma característica, tal como são o temperamento, a personalidade, os gostos. Aqueles que têm esta visão de si provavelmente não terão muitos problemas em contar aos pretendentes sobre sua limitação. É possível que contem de maneira natural, no meio da conversa, sem qualquer alarde ou sem maiores tensões.

Outros, no entanto, podem ver suas imperfeições como algo negativo, debilitante, ou como um “defeito”. Estes certamente não se sentirão tão confortáveis falando sobre suas limitações logo nas primeiras conversas. Ao mesmo tempo, omitir esse dado é algo que gera incômodos, como se estivessem enganando o outro.

Mas será que elas estão mesmo enganando? A esta pergunta respondo com outras: será que alguém neste mundo é capaz de contar tudo ao outro nos primeiros contatos? Será que isso é mesmo necessário?

Volto, então, ao que eu disse antes. O “certo” é se sentir confortável. Se alguém não se sente confortável com qualquer característica sua, por que a expor a um pretendente? Se eu me considero ótima cozinheira e péssima motorista, por que cargas d’água eu teria que conversar com um pretendente sobre meus dotes na direção de um veículo? Nós conquistamos o outro com o que temos, e não com o que acreditamos nos faltar.

A impressão que tenho ao ler as mensagens a que me referi é a de que as pessoas que as enviam querem apresentar aos pretendentes um “pacote completo”, com tudo o que há para o outro saber sobre elas. Tentam antecipar, portanto, algo que só se tem com o tempo, conforme a relação se desenvolve. É somente aos poucos que vamos conhecendo o outro, que vamos entrando em contato com sua história, com seus “defeitos”, com suas dificuldades, com suas limitações.

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