“Estou confuso e muito desanimado, queria ser perfeito em tudo que fizesse e agisse. Escreva sobre esse desanimo e o porquê ocorre todo esse pessimismo. Estou sempre descontente e vejo tudo pelo lado negativo. Como sair disso? Guilherme de Belo Horizonte”
Durante anos nos ensinaram a perfeição. Nos caminhos do crescimento emocional ou espiritual buscamos um estado de plena paz, felicidade absoluta e ausência de qualquer vazio. Essa concepção é frustrante sob todos os aspectos e desanimadora. O desenvolvimento humano, justamente por ser humano não é linear, não é uma linha reta ascendente para chegar na culminância. Durante o caminho sempre haverá quedas, retrocessos, desvios, erros, recaídas. Isso não significa que se voltou ao ponto de partida, porque houve um aumento da consciência.
Já o pessimismo é uma postura diante da vida, aprendida no decorrer da vida. A realidade humana é imperfeita e dual. Em tudo existe o bom e o ruim, o claro e o escuro, o certo e o errado, a luz e a sombra. O pessimista não vê graça na vida e reclama de tudo porque ele tem obsessão pelo negativo. Ele tem uma visão ruim inclusive de si mesmo, do passado, do presente e do futuro.
Para quem deseja uma realidade perfeita, esse nosso mundo cheio de doenças, mortes, perdas, violências é muito ruim mesmo. O nível de ansiedade e angustia para quem vê o mundo dessa forma é intenso.
O cansaço do pessimista vem da sua crença de que todas as suas experiências serão um insucesso. E qual o instrumento usado pelo pessimista para se fixar nessa visão de mundo? O PENSAMENTO. Sua cabeça é repleta de pensamentos negativos, em uma tentativa de controlar o mundo. Existe um diálogo interno negativo que o coloca em guarda, em estado de defesa impedindo-o de ver o lado positivo da realidade que o levaria a adotar atitudes mais adequadas para enfrentar as dificuldades. Com isso, o fracasso acaba acontecendo, o que confirma a sua visão catastrófica. É a profecia auto cumprida.
O pessimismo, dessa forma, leva a pessoa ao stress e à depressão. Um modo de pensar negativo, de maneira contínua, coloca o corpo em estado constante de alerta, provocando um enorme desgaste. E como se livrar desse comportamento?
A primeira atitude é prestar atenção nos próprios pensamentos negativos e tentar impedi-los, reforçando a vivência corporal no momento presente. Ou seja, quando um pensamento negativo aparecer, ao invés de alimentá-lo, insistindo nele, desviar a atenção aumentando a visão presente, ouvindo mais, sentindo o próprio corpo, degustando algum alimento. Aumentar a capacidade de estar presente diminui o fluxo do pensar.
A segunda atitude é cuidar da ansiedade que, mesmo velada, existe no pessimista. E a melhor maneira de lidar com a ansiedade é através de relaxamento. Cada pessoa tem uma forma de relaxar. Todas as formas são importantes: exercícios físicos, exercícios respiratórios, leitura de um livro, ouvir música, meditação, oração, passeios com os amigos e etc.
A terceira atitude diz respeito ao perfeccionismo. O pessimista é um perfeccionista. Sonhando com um mundo ideal ele rejeita a parte sombria da realidade. O negativo do mundo tem uma grande função na nossa vida: O nosso crescimento. Se somos sujeitos de construção da realidade, não adianta lamentarmos as coisas ruins da vida. Elas são um desafio para nós. Lidar com a realidade, tal qual ela é, demonstra humildade e nos faz avançar na vida.
“Amigo, não seja um perfeccionista. O perfeccionismo é uma maldição e uma prisão: A vida é para ser vivida e não para ser sonhada. Se nós nos acostumarmos a enxergar os dois lados da moeda, o bom e o ruim do nosso cotidiano e os tratarmos da mesma forma, nossa vida não será um mar de rosas, mas um caminho interessante, cheio de graça e de muita esperança.”
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