quinta-feira, 13 de março de 2014

Amar a família ou comprar uma família?

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Desde pequenos um hábito se instala em nós: resolver problemas comprando coisas. Você já percebeu como essa situação é bastante comum? 

Começa quando as crianças vêem anúncios na TV e pressionam os pais para que lhes comprem brinquedos e doces. 

Por sua vez, pais e mães também são levados a acreditar que seus filhos serão mais felizes se tiverem mais e mais coisas materiais. 

É o consumismo se instalando. Em vez de enfrentarem essa crise educando a criança, em geral os pais a satisfazem. 

É uma atitude que reforça a crença de que se pode ter tudo e que as coisas materiais são a razão da felicidade. 

Muitos pais, inclusive, tentam compensar as longas horas ausentes de casa fazendo compras exageradas. 

Enchem os filhos de objetos e, rapidamente, as crianças aprendem a negociar. Tornam-se cada vez mais exigentes e consumistas. 

Na adolescência, as compras continuam: aparelhos eletrônicos substituem os brinquedos. São celulares, computadores e jogos eletrônicos de imediato substituídos, quando surgem novos modelos. 

As mesadas se tornam maiores e logo os filhos desaparecem de casa, em companhia de amigos. Vivem em noitadas intermináveis, com fácil acesso ao álcool, fumo e drogadição. 

O passo seguinte é comprar-lhes um carro, um apartamento... 

E cabe então a pergunta: Nessas quase duas décadas em que vivem com os pais, que aprenderam? Que exemplos receberam? 

Será que conhecem verdadeiramente seus pais? Estão preparados para amar ou para comprar? 

E o que dizer dos pais? Será que realmente conhecem seus filhos? Sabem de seus sonhos e aspirações? Já ouviram suas frustrações e problemas? 

Chega-se então ao mundo adulto. E as situações infelizes continuam a ser resolvidas à base de compras.

Roupas e sapatos, carros, vinhos, jóias. A ostentação esconde a infelicidade. 

Falsa é essa felicidade baseada em ter coisas. Ela estimula o materialismo e destrói o que temos de mais belo: a convivência familiar, a construção de lembranças preciosas. 

Amar a família inclui sustentá-la em suas necessidades, prover o estudo dos filhos, garantir alimentação e lazer. 

Mas, muito diferente é substituir a presença do amor pelo presente º por mais ricamente embalado que seja. 

Um filho é uma dádiva Divina. Uma responsabilidade que inclui não apenas dar-lhe coisas materiais, mas dar-lhe suporte emocional, psicológico. 

É preciso falar com os filhos, conhecê-los, sondar o que pensam, refletir sobre o que fazem. 

O mesmo vale para o casal: depois de alguns anos de convivência, as conversas, antes tão íntimas, costumam ser substituídas por presentes, como flores e jóias. 

Aos poucos se esvai a cumplicidade, a parceria e até a atração. 

E os pais? Envelhecem sozinhos, cercados de enfermeiras ou de pessoas pagas para tomar conta deles. Velhos pais, isolados, com suas manias e conversas que ninguém quer ouvir. 

Quão felizes seriam com visitas e conversas mais longas. 

Por tudo isso, reflita hoje: Estou amando ou comprando minha família?






Momento de reflexão

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